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sábado, setembro 28, 2013

O LÍDER E A MÍSTICA DO FRACASSO

Liderança Cristã/Igreja
Quem de nós já viu, ou ouviu um líder cristão (pentecostal) demonstrar: insegurança, fraqueza, desânimo, pedir oração para os irmãos, qualquer tipo de ajuda, ou conselhos? É raro depararmos com esse quadro. Os líderes são como homens autossuficientes, que suportam sozinhos o fardo pesado da responsabilidade do pastoreio. E o que é pior, eles não compartilham nada com seus pastores auxiliares, muito menos com suas ovelhas. Eles são como os super – heróis vencem tudo, menos a fadiga dos vencidos pelos seus individualismos, eles têm medo do fracasso. O resultado negativo na vida desses líderes é levar a vida ansiosa, irritada, nervosa e por fim deprimidos sem que ninguém saiba. Segundo uma estatística, mais de noventa por cento da liderança da maior igreja pentecostal do Brasil sofre de algum tipo de depressão, e o que é pior eles não se tratam vão até as últimas consequências, e quem sofre com isso? A família e a igreja, que serve para receber a descarga de mau humor. Imaginem a mensagem desses líderes às vezes involuntariamente, ou por ignorância torturam a igreja com suas “pregações”.
Os líderes demonstram o que não são. Fortes, inteligentes, soberanos e convincentes.
Um dos problemas de insatisfação no Ministério Pastoral entre outros motivos é a do líder que precisa trabalhar para sobreviver, e a igreja sofre pela falta de boa liderança e de bons sermões. O líder que trabalha para se manter, não tem condições e tempo disponível para preparar suas mensagens. Infelizmente as mensagens de improvisos estão fazendo a igreja sofrer com sermões baratos, sem vida e sem conteúdo bíblico. Neste caso, o fracasso não é só do pastor, mas da igreja também. Estamos sujeitos ao fracasso, porém eles podem servir para nos amadurecer, ou para nos mostrar que não somos tão perfeitos, como alguns pensam que são. Precisamos rever nossos conceitos, ou lideramos com amor e responsabilidades, ou deixamos para quem realmente sabe fazer com amor deixando de lado sentimentos espúrios por posições, cargos e valores efêmeros.
Sigamos o exemplo de Cristo: “Eu sou o bom Pastor: o bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas”. (João 10: 11). Nós pastores precisamos aprender mais com Cristo. Precisamos deixar de lado os nossos problemas, e não descontar sobre a família e muito menos sobre a Igreja de Cristo. Quem nunca fracassou na vida? Alguns sinônimos do fracasso é o insucesso, perda ruína. Quem já não passou por algum desses problemas?
As nossas ovelhas precisam ser alimentadas de fato com muito amor, carinho e acima de tudo com a pregação da Palavra de Deus, e não com as nossas palavras frias e sem vida. Se porventura, você fracassar levante sua cabeça e lute não desista jamais.
Por Víctor Manuel Fernández.
É possível passarmos por situações desconfortantes, mesmo sendo um líder de sucesso, isso faz parte do processo de Deus operado em nós através das provações, porém, às vezes, não entendemos esse processo necessário e doloroso.
Penso que, não importa, qual seja a nossa função ou cargo eclesiástico, estamos sujeitos a certos tipos de fracasso, às vezes ele pode fazer-nos amadurecer e consequentemente isso poderá repercutir em graça para o nosso futuro progresso espiritual como ser humano.
Mesmo sabendo pela fé que a dor e o fracasso possam gerar em nós fertilidade, contudo, esse processo não nos isenta da dor. Precisamos classificá-la de outra forma, dando outro sentido para ela. Existe algo mais promissor que fertilidade: Concretiza-se a experiência de amor e um grande acontecimento de salvação.  
Precisamos superar os momentos de cansaço cético que não elimina os terríveis momentos de desconforto da alma sofrida, mas por sentimento promissor de que a experiência da dor de um eu humilhado e desiludido pelo fracasso.
 A imitação de Jesus, que é também uma misteriosa associação ao seu ministério, às vezes implica experiências pouco gratificantes, mas que não deixam de serem experiências de amor. Porque na encarnação Deus se fez solidário conosco, abaixando-se até as profundezas da condição humana. Deus experimentou em seu Filho tudo o que é implicado pelo humano: ele quis conhecer o cansaço, a depressão, a desilusão, a angustia, o temor, a solidão. O cristão também participa dessas experiências humanas e passa por fases de aridez, de tédio, de acidez, de cansaço, de desconsolo, de fracasso. Nessas ocasiões ele também desce até as profundezas escuras da existência humana e pode chegar a experimentar uma intensa união com Jesus em sua solidariedade com o ser humano “até que doa”. Desse modo, comungando, em sua intimidade, com o mais áspero dos sentimentos humanos, ele se fez mais que nunca irmão dos outros.
Não podemos negar que certas ocasiões de fracasso e fraqueza são indesejáveis para nossa autoestima, e assim podemos correr sérios riscos de entrarmos em depressão, isolando-nos e negligenciando. Precisamos também nesses momentos de desconforto, aprendermos a amar, na ocasião do fracasso, com isso aprendemos a estar nos braços do Pai, que tocados pela sua graça, encontramos refúgio e consolo, para que também possamos consolar os outros. As palavras maravilhosas a seguir podem exprimir o que foi dito.
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus. Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também a nossa consolação sobeja por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se opera, suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos.” (II Co. 1: 3-6).
Se não fosse a ação da graça de Deus, tudo isso não seria possível. Na verdade somente pela ação da graça que, entrando nas profundezas de nossas motivações e de nossas forças, têm condições de aniquilar nosso ceticismo e nosso desânimo enfermiço.

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domingo, setembro 22, 2013

DEBATE OU POLÊMICA?

OLHAR GREGO

Filosofia 

Aprendi a conviver com os livros desde criança, graças a Deus, as minhas leituras nunca foram em vão. De autodidata em Teologia hoje me sinto realizado ao passar pela Universidade e algumas Faculdades. A Filosofia sempre esteve comigo. Abriu minha mente para a reflexão e a crítica, algo tão escasso na sociedade e no pentecostalismo da América do Sul.
A Filosofia entre outras disciplinas, que nos ajudam a usar o bom senso e quando isso acontece gera confronto de ideias opostos aos manipulados pelas classes dominantes, que tem o ignorante como seu escravo. O sábio questiona, o ignorante concorda. (Expedito).
Vivemos dias parecidos com os tempos das indulgências, em que as pobres almas pagavam por um suposto benefício divino, tempo da ignorância. Os tempos negros das trevas eclesiais de alguns segmentos religiosos também favoreceram a ignorância por imposição a manter distância ao acesso a Filosofia. Criaram cristãos robotizados, como se fossem comandados por controles remotos. Limitaram o acesso às informações que iriam contribuir para um povo cristão mais sábio e desenvolvido culturalmente, sem querer generalizar, mas temos poucos exemplos.
Muitos desses líderes diziam a Teologia é do diabo, e a Filosofia também não de Deus. Esqueceram que o rei Salomão foi o maior Teólogo e Filósofo de todos os tempos. Escreveu Provérbios, Cantares e Eclesiastes. Cristo fez uma comparação Salomão dizendo: “A rainha do meio-dia se levantará no dia do juízo com esta geração, e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Eis aqui quem é mais do que Salomão”. (Mateus 12: 42). Cristo valorizou e apoiou a atitude da rainha por ouvir a sabedoria de Salomão. Cristo valorizou a rainha e também o douto Salomão.
Ainda que não sejamos filósofos por formação, todavia, somos condicionados ao saber filosófico, mesmo que seja um simples diálogo com alguém estamos filosofando.
Espero que gostem desse texto. Boa leitura!
                                                                                   Renato Janine Ribeiro (Ciência & Vida, 2011).
A Filosofia nasce, segundo muitos, com diálogos de Platão, tendo Sócrates como personagem. O primeiro grande filósofo – Sócrates – não escreveu nada, só falou, dialogou. Entre os séculos 16 e 18, vários autores escreveram diálogos filosóficos – Galileu, Barkeley, Hobbes, Rosseau – mas não tinham a veia socrática. Geralmente, só expõem ideias. O diálogo socrático ou platônico é mais que isso. É uma experiência de seres humanos crescendo intelectual e espiritualmente, e de cidadãos pensando em conjunto. Não se limita a expor a “verdade”, mas coloca dúvidas – e cria uma comunidade de pensantes.
Decadência?
Curioso que em nosso tempo, tão livre, em que até se pode falar contra a divindade (o que os democráticos gregos proibiam), o debate tenha perdido o vigor. Mas se discute tanto hoje em dia! A boa notícia, para quem gosta de Filosofia, é que ela voltou à moda.
Foi desprezada nos anos negros da ditadura, mas, há pelo menos vinte anos, tornou a ser cultivada. Um grande nome contribuiu para essa mudança no Brasil: Adauto Novaes, que em cerca de trinta seminários (e livros) colocou nossos professores de Filosofia a pensar questões candentes e a dizê-las em público.
A má notícia é que a divulgação mais extensa da Filosofia acompanha um gosto pela polêmica, nem intelectual nem filosófico. Polêmica vem da palavra polemos. “guerra”. Polemistas vão à batalha. Cada um se aferra a suas posições e tenta destruir o outro. O guerreiro, além de querer e precisar matar o inimigo, não deve recuar nem negociar. Negociações são coisas de civil e às vezes vistas, pelos militares, como traição.
É possível pensar assim como se guerreia? Nietzsche falava em filosofar a marteladas. Ele chocava talvez guerreasse. Mas há pensamentos quando não ocorre o risco de mudar de opinião? O polemista, tão comum hoje no Brasil, é uma caricatura do debatedor. Repete sempre o mesmo.
Pensar
“E sempre zombei de todo filósofo que não zombou de si mesmo”: também é Nietzsche, no começo da Gaia ciência.  O pensador se dispõe a rever suas ideias. Pode ter prazer em debates, mas seu compromisso não é com uma ideia só. É com o movimento do pensar, sempre livre. Ele está acima da fácil glória de vencer sem convencer.
Por que nossos acadêmicos mais polemizam do que debatem? Fazem caricatura da posição alheia. Atacam o outro, atribuindo-lhe o que ele não disse. Isso preocupa. Nosso país ainda é pobre em Filosofia. Faz mais história dela do que, propriamente, Filosofia. Mas como filosofar se em vez do debate civil, na praça pública, aonde os atenienses iam desarmados, porque contava só a palavra, temos a guerra, a língua ferina, a palavra como arma?
Construir a sociedade
A ágora é coisa de civis, de civilizados. Supõe uma redução dos conflitos. Eles existem, mas nas palavras. O laço social cresce quando as pessoas confiam umas nas outras. Para isso, precisamos ter um quadro de leis a que obedeçamos, mas que nos deixem ampla liberdade para discutir. Falta-nos debate. Temos muita histeria, pouca discussão de verdade. Talvez, no fundo, falta ainda em nosso país o prazer de pensar. Porque, quando se gosta de pensar, não importa quem ganhe: o bom é discutir, é poder mudar de ideia. (grifo meu).
“Os homens usam palavras para ofender os outros; pois, vendo que a natureza armou as criaturas vivas, umas com garras, outras com chifres e outras ainda com patas para ferir um inimigo, é mero abuso da linguagem feri-lo com a língua”. Hobbes, Leviatã, 1651, cap.4.
Os motivos em que se acredita
Apesar da importância que possa haver em conhecer os autênticos motivos que guiaram até hoje as ações humanas, talvez seja mais importante ainda, para quem procura o conhecimento, saber qual crença está ligada a este ou aquele motivo, quero dizer, conhecer o que a humanidade supôs e imaginou até o presente como sendo a verdadeira alavanca de seus atos. “De fato, a felicidade e a miséria interior dos homens vieram-lhe de sua crença neste ou naquele motivo – e não naquilo que foi motivo verdadeiro!” (grifo meu) Este tem apenas um interesse secundário – (Nietzsche – A Gaia Ciência).
“O polemista comum hoje no Brasil, é uma caricatura do debatedor. Repete sempre o mesmo”.

Até a próxima postagem se Deus quiser.

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domingo, setembro 15, 2013

A Funcionabilidade do Cérebro

Conhecimento/Igreja e Sociedade

Uma das maiores riquezas do ser humano está na sua capacidade de criar, de inventar. Se não fosse assim o mundo não estaria vivendo hoje um dos seus maiores momento da revolução científica. Estamos vivenciando o que foi predito pelo Profeta Daniel. “E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará”. (Dn. 12:4).
Quanto ao pregador seria bom compreender esse maravilhoso mecanismo de criar, para que tivéssemos mensagens criativas e acima de tudo dinâmicas, e Cristocêntricas.
Somente Deus é capaz de colocar dentro do homem a capacidade de criar. Cabe ao homem, e principalmente o pregador, compreender, entender e facilitar o maravilhoso processo de criatividade ou de criar. “A criatividade é o nosso maior tesouro do passado e maior esperança do futuro”.
É possível estimular e desenvolver a nossa capacidade de criatividade, mas para isso é preciso uma base simples de conhecimento para conseguir seu aprimoramento, partindo do princípio de que o homem é também um ser criador, desse modo é possível que seja instruído quanto a sua capacidade para pregar, a menos que não lhe desperte tal interesse. Partindo desse pressuposto, ele deve ser dedicado na arte de pregar, para nãoser prejudicial ao rebanho que lhe foi confiado.
Os Dois Hemisférios do Cérebro.
Uma pessoa criativa tem a capacidade de processar, sob formas inéditas, as informações que lhe são confiadas pelo Criador. É sabido que o nosso cérebro é composto de dois hemisférios, esquerdo e o direito. O hemisfério esquerdo tem a função de controlar o lado direito do nosso corpo, e o hemisfério direito tem a função de controlar o lado esquerdo, e, além disso, cada hemisfério tem sua função singular.
O lado esquerdo controla na maioria dos indivíduos a função da linguagem, pensamento, raciocínio com predominância. Este lado representa pensamento verbal: “analisa, abstrai, conta, marca o tempo, planeja cada etapa de um processo, verbaliza, faz declarações racionais baseadas na lógica”.
O hemisfério direito é o hemisfério não verbal, que trabalha com a intuição e a percepção das coisas. Por meio deste lado, compreendemos metáforas, sonhamos, criamos novas combinações de ideias. Este lado é subjetivo, preocupado com o quadro total e não com detalhes. Enquanto o lado esquerdo é pouco imaginativo, o direito é divertido e flexível. 
“A parte frontal do nosso cérebro é agressiva, e determina a agressividade tão necessária à pregação”. Luis Tomaz de Queiroz (Professor de pós-graduação da Universidade Gama Filho).
Quando entendemos as funções de todos os hemisférios do cérebro, dessa forma torna-se possível compreendermos como se processa o ato criativo. “E uma compreensão do processo criativo permite o seu uso deliberadamente, e o seu uso deliberado aumentará a criatividade de qualquer pessoa”. Para o pregador, o processo criativo pode ser um achado extraordinário e uma verdadeira revolução pode acontecer no ministério da pregação a partir da utilização dos estágios do processo criativo. (GONÇALVES, 1993, p. 33).
A Origem da Palavra e da Conversa.
Para entendermos sobre o Kerigma, e especificamente sobre a prédica, será muito oportuno fazermos uma pequena incursão na história para conhecermos os princípios da comunicação dentro da interatividade humana, partindo da era das cavernas.
A palavra escrita e falada é um grande veículo nos meios de comunicação. A palavra pode ser transmitida ou expressa por meios de sinais: corporais (gestos), pelos meios sonoros (fala), através de gráficos (escrita), também pelos luminosos (luzes) e também por outros meios A palavra quando falada (sonora), é um fenômeno considerado bio-psíquico-social.
Do ponto de vista biológico, ela só pode atuar a um ser dotado de um cérebro com capacidade para comandar um sofisticado sistema nervoso que atua sobre um sistema chamado fonador, com capacidade de articular, de forma detalhada, os diversos complexos da voz.
Sob o aspecto psicológico, o cérebro é capaz de produzir pensamentos tantos concretos como abstratos, atuando sobre as glândulas secretoras com uma infinidade de hormônios, que condicionam nossas emoções e os estados mentais. Também no fator sociológico, isso pode ser observado quanto à função do cérebro em reconhecer o valor dos seres de sua espécie, possuidores de um componente racional e emocional, levando-o a desenvolver um sofisticado e complexo sistema de comunicação fundamentado na palavra.
A palavra constitui de dois elementos básicos: o material (som), que recebe um nome especial de vocábulo e o imaterial (ideia), passou receber o nome termo. No princípio a palavra representava apenas uma forma nominativa, um nome de uma ação, de uma coisa ou de um sentimento. Com o passar do tempo a palavra passou a representar uma ideia formal elaborada, ou seja, uma forma de pensamento completo. Do fonema ela passou a ser conhecida como oração e a frase. Da fonética, indo para sintaxe. Devido a seu convívio social o homem passou a sentir-se obrigado a classificar as coisas, organizou suas ideias e, por conseguinte desenvolveu um complexo e sofisticado mecanismo da comunicação oral com base na palavra, conforme descreve (Gn. 2: 19, 20). Tempos distantes, após o homem ter vocalizado a palavra ele descobriu, ou seja, inventou a escrita. A escrita a princípio era formada por pictogramas (desenhos de coisas ou de figuras simbólicas), depois passou para os ideogramas (sinais representativos de ideias), pelos hieróglifos (desenhos representativos de sons vocais). Chegando finalmente às letras (sinais representativos de sons vocais).
A Grécia, além da Filosofia inovou o sistema relacionado com a conversa. “Os gregos classificaram a conversa pelo nome de homilia (de onde se originou a palavra homilética), e os romanos lhe deram o nome de sermonis (que deu origem ao termo denominado sermão)”. Portanto, “homilia e sermonis são simplesmente sinônimos com o significado apenas conversa”. Gonçalves/Silva

segunda-feira, setembro 09, 2013

A CEIA DO SENHOR

Teologia Pratica/Liturgia Cristã.

Ceia do Senhor, um assunto muito conhecido por todos os cristãos, mas existem alguns detalhes que vale a pena conferir, a final conhecimento nunca é demais.

Comunhão com Deus e com nossos Irmãos.

Quase todas as igrejas que proclamam seguir a Cristo observam a Ceia do Senhor. O pão e o fruto da videira são elementos comuns nas assembleias de adoração de vários grupos religiosos. Mas há diferenças no entendimento a respeito desta comemoração. Neste artigo, examinaremos o que a Bíblia ensina sobre a Ceia do Senhor para aprender como devemos participar dela hoje em dia.

A Primeira Ceia: O Exemplo de Jesus.

Quatro textos registram os pormenores da primeira "Ceia do Senhor". Três destes relatos estão nos evangelhos (Mateus 26: 26-29; Marcos 14: 22-25 e Lucas 22: 19-20) e o outro está em (1 Coríntios 11: 23-26). Podemos aprender como Jesus e os apóstolos celebraram a Ceia comparando estes relatos. Por favor, pare uns poucos minutos para ler cada uma destas quatro passagens, antes de continuar este estudo. Observe as minúcias:
O propósito: "Fazei isto em memória de mim". (Lucas 22: 19).
A Ceia do Senhor é nossa oportunidade para lembrar o sacrifício que Jesus fez na cruz, pelo qual ele nos oferece a esperança da vida eterna: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha". (1 Coríntios 11: 26). A Ceia do Senhor não pretende ser um memorial do nascimento, da vida ou da ressurreição de Cristo. É um momento especial no qual os cristãos refletem sobre o Salvador sofredor para ser lembrado do alto preço que ele pagou por nossos pecados. Precisamos manter este tema central do evangelho (1 Coríntios 2: 1-2) em nossas mentes.
Os símbolos: Jesus usou dois símbolos para representar seu corpo e seu sangue. É claro que ele não ofereceu literalmente seu corpo (que ainda estava inteiro) nem seu sangue (que ainda estava correndo através de suas veias). Ele deu aos discípulos pão sem fermento para representar seu corpo e o fruto da videira (suco de uva) para representar o sangue que estava para ser derramado na cruz. Ele não deixou dúvida sobre a relação deste sacrifício com a nossa salvação: "Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados". (Mateus 26: 28).
A ordem: Quando comparamos estes quatro relatos, podemos também ver a ordem na qual a Ceia foi observada. Jesus primeiro orou para agradecer a Deus pelo pão e então todos o partilharam. Ele orou de novo para agradecer ao Senhor pelo cálice, e todos beberam dele. Deste modo, ele chamou especial atenção para cada elemento da Ceia.

A Ceia do Senhor na Igreja Primitiva.

O livro de Atos e as cartas escritas às igrejas nos ajudam a aprender um pouco mais sobre a Ceia do Senhor. Os discípulos se reuniam no primeiro dia da semana para participarem da Ceia (Atos 20: 7). Esta Ceia era entendida como um ato de comunhão com o Senhor (1 Coríntios 10: 14-22). Era tomada quando toda a congregação se reunia, como um ato de fraternidade entre os irmãos (1 Coríntios 11: 17-20). Cada cristão era obrigado a examinar-se para ter certeza de que estava participando da Ceia de um modo digno (1 Coríntios 11: 27-29).

Observações sobre a Ceia do Senhor.

Ainda que o ensinamento da Bíblia sobre a Ceia do Senhor não seja complicado, muitas diferenças de entendimento apareceram depois do tempo do Novo Testamento. O único modo de sabermos que estamos seguindo o Senhor é estudar as instruções e imitar os exemplos que encontramos no Novo Testamento. Nunca estamos livres para ir além do que o Senhor revelou na Bíblia (veja Colossenses 3: 17; 1 Coríntios 4: 6 e 2 João 9). Consideremos o que a Bíblia diz em resposta a algumas questões sobre a Ceia do Senhor.

Porque pão sem fermento? 

Jesus instituiu a Ceia do Senhor durante os dias judaicos dos pães asmos, uma festa anual na qual somente pão sem fermento era permitido entre os judeus (veja Lucas 22: 15; Êxodo 12: 18-21). Podemos apreciar mais claramente o significado do pão sem fermento quando consideramos o significado simbólico do fermento na Bíblia. Não era permitido fermento nos sacrifícios oferecidos a Deus, no Antigo Testamento (Levítico 2: 11). A ideia de impureza ou pecado é claramente associada com fermento em vários textos. Por exemplo, Jesus usou fermento para falar simbolicamente de falsas doutrinas (Mateus 16: 11-12). Paulo usou fermento para representar falsa doutrina e corrupção moral (Gálatas 5: 7-9,13,16; 1 Coríntios 5: 6-9).
É plenamente adequado, então, que o sacrifico perfeito e sem pecado do próprio Filho de Deus seja representado por pão sem fermento: "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebramos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade". (1 Coríntios 5: 7-8).

Quando devemos observar a Ceia do Senhor? 

Jesus mostrou aos seus discípulos como participar deste memorial, mas não especificou quando. Aprendemos quando os primeiros cristãos observaram a Ceia pelo exemplo dos discípulos em Trôade: "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão [...]". (Atos 20: 7).
Quando seguimos este exemplo e participamos da Ceia do Senhor todos os domingos, relembramos frequentemente o sacrifício que Jesus fez por causa de nossos pecados. Quando meditamos sobre o Salvador sofredor no domingo, é mais fácil resistir a tentações durante o resto da semana. Quando entendemos o alto preço que Jesus pagou por nossos pecados, esforçamo-nos para evitar qualquer coisa que possa magoá-lo e tornar vão seu sacrifício (veja Hebreus 10: 24-31).

Onde devemos participar da Ceia? 

A Ceia do Senhor é um ato de comunhão entre cada cristão e o Senhor, e é também um ato de comunhão entre cristãos. Em (Atos 20: 7), os discípulos se reuniam para partir o pão. (1 Coríntios 11: 20-22) distingue entre a Ceia do Senhor, que era o propósito de sua reunião como uma congregação, e as refeições comuns, que eram tomadas nas casas de cristãos. Não encontramos nenhuma autoridade na Bíblia para participar da Ceia do Senhor a sós ou fora da assembleia da igreja.

Quem tem o direito de tomar a Ceia do Senhor? 

A Ceia do Senhor é um ato espiritual partilhado pelo Senhor com aqueles que estão em fraternidade com ele. Jesus não ofereceu o pão e o cálice a todos, mas aos seus discípulos (Mateus 26: 26). Aqueles que estão servindo ao Diabo não têm o direito de partilhar desta refeição com o Senhor (1 Coríntios 10: 16-22). 
João conta-nos que somos aptos a participar com Deus na comunhão espiritual somente se andarmos na luz do seu caminho: "Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado". (1 João 1: 5-7).
Somente aqueles que já foram batizados para a remissão dos pecados para entrar no corpo de Cristo devem participar da Ceia do Senhor (Atos 2: 38; Gálatas 3: 26-28).

O que significa participar "indignamente"?

Cada um que participa da Ceia do Senhor deverá examinar-se para estar certo de que está participando de maneira correta, discernindo o verdadeiro significado do memorial. "Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim, coma do pão e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si". (1 Coríntios 11:27-29).
A palavra "indignamente" é frequentemente mal entendida. Ela não descreve a dignidade da pessoa (ninguém é verdadeiramente digno de comunhão com Cristo). Esta palavra descreve o modo de participar. A pessoa que não leva a sério esta comemoração está brincando com o sacrifício de Cristo e está se condenando por não discernir o corpo de Cristo.
Por esta razão, devemos ser muito cuidadosos cada vez que participarmos da Ceia do Senhor. É imperativo que esqueçamos as preocupações mundanas e prestemos atenção exclusivamente à morte de Cristo. Se tratarmos a Ceia do Senhor como um mero ritual, ou se a tomarmos levianamente e deixarmos de meditar no seu significado, condenamo-nos diante de Deus.

A Ceia do Senhor: Passado, Presente e Futuro.

Os discípulos de Cristo são privilegiados ao participarem com ele todas as semanas da Ceia do Senhor. Deste modo, ligamos o passado, o presente e o futuro.

Ø  Passado: Olhamos para trás, para o sacrifício que Jesus fez na cruz. Entendemos isto como sendo o fundamento e o centro de nossa salvação.
Ø  Presente: Quando meditamos no terrível preço que Jesus pagou para nos redimir de nosso pecado, nossa decisão de resistir à tentação é fortalecida.
Ø  Futuro: Entendemos que a morte de Jesus é à base de nossa esperança, e assim proclamamos nossa fé nele quando olhamos em frente para a volta do Senhor e para nossa salvação eterna.
Não podemos esquecer nunca o dia negro no Calvário em que Jesus deu sua vida para salvar a nossa. 
Por Dennis Allan.
Quando você não souber o que pregar na Ceia do Senhor. Fique calado. Deixe que outro pregue em seu lugar. Prof. Mestre Expedito Darcy da Silva.


quarta-feira, setembro 04, 2013

A VIDA AOS SESSENTA ANOS


Reflexões para a vida.

De zero a um ano choramos bastante, mamamos muito, dormimos e crescemos rapidamente.
De um aos cinco anos engatinhamos, aprendemos a andar e a falar e mexemos em tudo.
Dos cinco aos dez anos somos levados à escola e sofremos o enclausuramento e a distância, do lar e dos pais.
Dos dez aos quinze anos começamos a nos enturmamos, procuramos viver em pequenos grupos de amigos.
Dos quinze aos dezoito anos, nos socializamos, trabalhamos, passeamos e namoramos.
Dos dezoito aos vinte e cinco anos, estudamos nas Academias, noivamos, planejamos o casamento e a profissão, procuramos a ascensão social, e buscamos melhores empregos, são anos de ascensão social e cultural.
Dos vinte e cinco aos trinta anos casamos nascem os filhos, compramos casas e carros, alguns poupam nos bancos.
Dos trinta aos quarenta anos olhamos para o passado e vimos que fizemos algumas coisas triviais e necessárias.
Dos quarenta aos cinquenta anos olhamos de novo para trás e lamentamos por não termos feito tantas coisas mais: os sucessos, as conquistas poderiam ter sido maiores e muito melhores. Perdemos, ou nos descuidamos do tempo.
Agora aos sessenta anos achamos que não dá para fazer muitas coisas. O tempo está mais curto! Muitos desanimam. Parece que o tempo voou, o fato é que estávamos despreparados para essa data tão especial.
Quando tínhamos trinta anos preferimos nos omitir a pensar, e nos prepararmos para chegar aos nossos sessenta anos. É melhor viver na ignorância, que sofrer a angústia pelo dia esperado. Os sessenta anos de vida.
Enfim chegou o dia que poderia não ter chegado. Enfim chegaram os sessenta anos, bem ou mal vividos, não importam.  Agora o futuro parece curto. O tempo pertence a Deus e não a nós. Agora temos a vida aos sessenta anos. Mas ainda dá para fazermos muitas coisas, estamos maduros e temos muitas experiências. Somos muito capazes de transcendermos alguns limites que muitos não conseguem superar. A vida longa nos ensinou maravilhas! Superamos tantos obstáculos e os que chegaram as nossas mãos fizemos bem feito. Demos o que tínhamos de melhor, a motivação, o desejo de conquistar o que nos colocaram a nossa frente.
Dos sessenta anos em diante continuamos fazer história. Somos exemplos de vida e de experiências com Cristo. Somos pastores mestres, nossa responsabilidade agora é muito maior. Temos que dar instruções aos pequeninos.
Aqui está a minha história, a nossa história, mas ainda tem outras páginas a serem escritas. Sei que sou melhor hoje do que ontem, e serei melhor amanhã do que hoje. Cristo é a nossa vitória, hoje, amanhã e sempre!
Agora aos sessenta anos pensamos na adolescência, nos vinte, trinta, quarenta anos e achamos que poderíamos ter feito muito mais. Quem olha para o passado não consegue enxergar o futuro! Se estivéssemos pensados e nos preparados, talvez as conquistas e os sucessos tivessem sido maiores. Mas essa foi a minha porção advinda de Deus. Você já pensou nisso? Não estamos aqui simplesmente, mas cada um de nós tem uma história de vida a ser vivida e contada. Prepare a sua história seja feliz, ame intensamente os que ti amam e também os que não ti amam. Reparta seu amor com aqueles que são julgados, mas não são amados, os excluídos da sociedade.
De uma coisa sei. Prefiro viver o futuro a lamentar o passado. Construir novas casas a viver as ruínas dos escombros. “Porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra”. (Jó 8: 9). Precisamos amar as simples coisas, contemplar a beleza dos seres vivos e lamentar os infelizes mortos sem Cristo. Glórias a Deus! Estamos vivos!
Importa viver mais, para servir melhor, os que me amam, os que me veem e os que me ouvem.
É preciso amar de verdade, perdoar de fato e esquecer. As cicatrizes são apenas marcas amargas do passado.
Amo os que me amam, e oro pelos que me odeiam e peço a Deus a salvação de todos os homens.
Na busca pelo conhecimento descobri a essência da vida. Deus! Sou muito grato a Deus por essa data tão singular. Quantos homens simples ou famosos partiram desta mais cedo, por dádiva de Deus estamos aqui.  Está escrito: “Aumento de dias há na sua mão direita; na sua esquerda, riquezas e honra”. (Pv. 3:16). É melhor viver, e ser feliz esse momento a lamentar o passado. Olhemos para Jesus autor e consumador da nossa fé! A vida segue!

terça-feira, setembro 03, 2013

O Teólogo a Serviço de Deus e não da Teologia

Igreja e Sociedade.

Muitos Seminários no Brasil e fora dele têm formado muitos Teólogos todos os anos. Mas onde estão tantos Teólogos que deveriam ser apologistas da fé cristã? Sem querer generalizar. Para quem os Teólogos estão trabalhando? Muitos Teólogos se formam, mas desencaminham por outros interesses. É por isso que a nossa Teologia ainda caminha com dificuldades em se manter na vanguarda do Evangelho. Primeiramente todo Teólogo precisaria ter compromisso litúrgico com Deus, com a sua Palavra, com a igreja e também com a sociedade. O restante deveria ser considerado secundário como: Nome, fama, dinheiro e posição de destaque na alta posição na hierarquia da igreja.

Antes de conhecer Deus academicamente, o Teólogo precisa conhecê-lo pessoalmente.
Antes de descrever Deus, o Teólogo precisa ter comunhão com Ele.
Antes de descrever o amor de Deus, o Teólogo precisa sentir-se amado por Ele.
Antes de descrever a autoridade de Deus, o Teólogo precisa submeter-se a ela.
Antes de descrever a santidade absoluta de Deus, o Teólogo precisa descrever a sua absoluta pecaminosidade.
Antes de mencionar a sabedoria de Deus, o Teólogo precisa confessar a sua ignorância.
Antes de se enveredar pelo problema filosófico e teológico do sofrimento, o Teólogo precisa aprender a chorar com os que choram e a alegrar-se como os que se alegram.
Antes de tentar explicar as coisas mais profundas e misteriosas da Teologia, o Teólogo precisa ser honesto consigo mesmo e com os outros e admitir que nas cartas de Paulo e em outras passagens da Bíblia há coisas realmente difíceis de entender.
Antes de ensinar e escrever Teologia, o Teólogo precisa entender que sua responsabilidade é enorme, porque, exatamente por ser reconhecido como Teólogo, ele será ouvido, lido, consultado, citado. O Teólogo não pode inventar suas teologias, assim como o profeta não podia inventar suas visões nem declarar “assim diz o Senhor”, se o Senhor nada lhe dissera.
O Teólogo não pode ser nem frio nem seco. Ele tem de declarar com toda empolgação que Deus é amantíssimo, graciosíssimo, justíssimo, misericordiosíssimo, puríssimo, santíssimo, sapientíssimo e terribilíssimo.
O Teólogo precisa de humildade para explicar as coisas já reveladas e calar-se diante das coisas ainda ocultas.
O Teólogo precisa caminhar lado a lado com a fé e com a razão e, se em algum momento tiver de abrir mão de uma delas, deve ficar com a fé.
O Teólogo deve construir e, em nenhum momento, destruir.
O Teólogo obriga-se a separar o trigo do joio, a verdade do mito, a revelação da tradição, a visão verdadeira da falsa visão, o bem do mal, a luz das trevas, o doce do amargo, a vontade de Deus da vontade própria.
O Teólogo tem compromisso de insistir na unicidade de Deus e condenar a pluralidade de deuses, tanto os de ontem como os de hoje.
O Teólogo tem a obrigação de equilibrar a bondade e a severidade de Deus, o perdão e a punição, a vida eterna e a morte eterna, a graça e a lei.
O Teólogo é um fracasso quando não menciona que Deus amou tanto o mundo que de seu único Filho por uma só razão: para que ninguém fosse condenado, mas tivesse, pela fé em Jesus, plena e eterna salvação!



 Revista Ultimato 2010.

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