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quinta-feira, julho 31, 2014

QUAL É O CAMINHO DA FÉ EM TEMPOS DE RUÍNA?

Ainda que o estado da Igreja seja deplorável, como fica demonstrado, e a ruína e a confusão se façam sentir por todo o lado e se acentua em cada vez mais, não devemos fechar os olhos ao que Deus opera em Sua graça soberana, mesmo em tempos como este, que agora atravessamos. Além da Reforma, tem havido, em diferentes épocas — e também em nossos dias — avivamentos em que muitas almas têm encontrado a salvação. Atualmente mesmo está sendo desenvolvida uma grande atividade para evangelizar. Sem dúvida, seria desejável que esta obra prosseguisse, mas de maneira mais geral e mais de harmonia com a Palavra de Deus e os exemplos que ela apresenta, pois, frequentemente, apela-se mais aos sentimentos do que à consciência. Por isso a pouca profundidade e realidade nos resultados. Muitas vezes ainda procuramos antes uma melhoria na conduta exterior, de modo que a evangelização acaba por se tornar filantropia. Todavia, e seja como for, há conversões — e Deus seja bendito por elas! — porque o Espírito Santo, descido à Terra no dia de Pentecostes (At 2), age soberanamente e, para a glória de Cristo, salva as almas, conduzindo-as a Ele, apesar das deficiências dos homens e da ruína da Igreja.
A Salvação, e depois?
Mas ser salvo já será tudo? Não! Quando uma alma é convertida ao Senhor, ainda fica por resolver a questão da sua conduta. A partir desse momento, a alma não pertence mais a si própria, mas sim Aquele que por ela morreu e ressuscitou. Já não deve, pois, viver para si própria, mas para Ele (2 Co 5:15). Todo o cristão honesto compreende que, nascido de Deus, tem de levar como indivíduo uma vida santa, consagrada ao seu Salvador, em obediência à Sua Palavra. Mas isto ainda não é tudo! A obediência não compreende a separação daquilo que não é segundo a vontade de Deus e o cumprimento daquilo que Lhe é agradável na vida individual. Há outra parte da conduta do cristão que não importa menos: Ele não é chamado para ficar só. Ele agora é filho de Deus, e, por esse motivo, faz parte de uma família; ele agora é membro do corpo de Cristo, foi constituído adorador de Deus, para Lhe render culto em Espírito e em verdade com os outros adoradores. Faz parte da casa espiritual, do sacerdócio santo, para oferecer a Deus sacrifícios espirituais (1 Jo 3:1; Rm 12:5; Jo 4:23-24; 1 Pd 2:5). Portanto, a questão que agora se põe, ou que deveria pôr-se, para todo novo convertido e para todo cristão é esta: "Com quem me reunirei para prestar culto a Deus? Onde se encontra atualmente a congregação segundo a vontade de Deus e o pensamento de Cristo?" E isto não é, estejamos certos disso, algo indiferente a Deus nem ao bem e ao progresso da alma.
No princípio da cristandade, esta questão nem sequer se punha. Não havia senão os judeus, os pagãos e a Assembleia de Deus (1 Co 10:32). Um convertido dentre os judeus ou dentre os pagãos encontrava-se, necessariamente, fazendo parte da Assembleia ou Igreja. Reunia-se, pois, com os cristãos da localidade onde se encontrava, rendia culto ao Senhor com eles, tomava lugar com eles à Mesa do Senhor, que era uma. Em nossos dias, na ruína e na confusão universais da cristandade, dá-se precisamente o contrário. Uma alma é convertida e deseja servir o Senhor. Aonde irá ela? Com quem vai reunir-se? Pergunto ainda: Será que isto é coisa de pouca importância aos olhos do Senhor? Estamos nós obrigados, para resolver tal questão, a examinar e a pesar os argumentos que cada igreja ou seita apresenta, não nos dando, afinal, por onde escolher, senão entre opiniões humanas? Ou então seria preciso ir com todos, indiferentemente, como se a verdade se encontrasse em toda parte — ou antes, em parte nenhuma?
Não, e bendito seja Deus por isso! Ele não nos deixou, nem para esta questão nem para a da salvação, entregues a nós próprios, isto é, dirigirmo-nos segundo as nossas próprias luzes. Importa à Sua glória, como convém à Sua sabedoria e ao Seu amor, que andemos, em relação a tudo, no caminho que Ele traçou para nós. Rogo, pois, encarecidamente a cada um dos meus leitores que procure dar-se bem conta do que tem de fazer para obedecer a Deus no que se refere a este importante assunto. O que temos dito acerca da confusão que reina na cristandade mostra bem a necessidade que temos de estar devidamente esclarecidos a tal respeito. O nascimento, as circunstâncias, o apego àquilo que foi o instrumento da nossa conversão ou aos cristãos que estimamos, ou ainda certa inclinação por estas ou aquelas formas podem ter contribuído para que nos congreguemos a uma denominação qualquer, mas a nossa responsabilidade perante Deus é de nos interrogarmos: "Estou eu onde Deus me quer? É esta uma congregação instituída segundo a Sua vontade? Juntando-me a ela ou nela permanecendo é a Palavra do Senhor que estou seguindo”?
A Autoridade da Palavra
Para responder a essas questões é necessário resolver primeiro estas: "Qual é a regra da verdade? Onde se encontra a pedra de toque divina? Como poderei conhecer com exatidão o pensamento de Deus?" Pois bem, caro leitor, dá-se precisamente o mesmo que se dá para a questão da sua salvação: é a Palavra de Deus que lhe faz conhecer o Seu pensamento e que é a regra da verdade. Ela é a suprema autoridade para nos conduzir; é o Espírito Santo que nos ajuda a compreendê-la e a aplicá-la à nossa alma e à nossa vida. A única pedra de toque para saber se a minha conduta é conforme a vontade de Deus é a Sua Palavra, são as Sagradas Escrituras.
As mesmas passagens das Escrituras que nos advertem do mal que tendia a introduzir-se ou se havia já introduzido na Igreja, nos dão a conhecer este recurso único e plenamente suficiente. Que diz Paulo aos anciãos de Éfeso, depois de tê-los advertido dos perigos que ameaçavam a Igreja? Para conjurar esses perigos remete-os a um Papa ou a um concilio "infalíveis"? Diz-lhes que façam uma constituição de fé, ou que elejam um sínodo ou um presbítero? Não! Eis o que ele lhes apresenta como único e infalível recurso e salvaguarda para todos os tempos e todas as circunstâncias: "Encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça, a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados" (At 20:32). Deus, agindo pelo Seu Espírito, e Sua Palavra como guia no meio das dificuldades (Hb 4:12) e como arma contra os artifícios do inimigo (Ef 6:17) não são suficientes?
Achamos a mesma situação na segunda epístola a Timóteo. A ruína da Igreja tinha já começado e ainda devia crescer muito. A que o abnegado servo do Senhor recomenda ou remete os fiéis a fim de se preservarem das seduções do mal? A autoridade suprema e à inteira suficiência da Palavra de Deus. Escutemos-lo: "Os homens maus e enganadores", diz, "irão de mal para pior, enganando e sendo enganados" e isto na cristandade, porque não se trata aqui dos judeus nem do mundo pagão. Que fazer então em tais circunstâncias? Eis a resposta: "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que, desde a tua meninice sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2 Tm 3:13-15). Ora, as coisas que Timóteo tinha aprendido, tinham-as recebidas de Paulo, o apóstolo do Senhor. E nós temos os escritos inspirados de Paulo que agora fazem parte das santas epístolas, das Sagradas Escrituras de que ele fala a Timóteo (veja-se 2 Pe 3:15-16). A submissão às Escrituras é, pois, a salvaguarda contra o erro; e elas são a verdadeira e única regra para o cristão. A sua autoridade é suprema, porque são inspiradas por Deus, e próprias para ensinar e instruir na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito.
O apóstolo Pedro, na sua segunda epístola, em que fala também dos falsos mestres e do mal que se introduzia no meio dos fiéis, dirige de igual modo os seus olhares para a palavra profética, e exorta-os a recordarem-se das palavras dos profetas e daquilo que o Senhor e Salvador disse pelos apóstolos (2 Pe 1:19; 3:1-2). Judas fala da mesma maneira (versículo 17). Ora, estas palavras dos apóstolos também nós as temos no Novo Testamento!
O nosso guia para nos fazer conhecer o caminho de Deus através do estado de coisas em que nos encontramos não são, portanto, as tradições, os mandamentos de homens, os arranjos humanos, por muito acertados que possam parecer, mas é a infalível Palavra de Deus.
Leitores amigos, vocês creem que o Novo Testamento, do mesmo modo que o Antigo, é a palavra inspirada de Deus? Creem que lhe devem inteira e implícita obediência? Então, em caso afirmativo, é somente a ela que vocês devem seguir neste importante assunto — e ela lhes dará, para tanto, todas as diretrizes necessárias. O fundamental é prestar a devida atenção ao que ela diz e obedecer-lhe com simplicidade, sem se deixar perturbar por suposições, por ideias preconcebidas, por hábitos e por laços formados talvez desde longa data. É preciso estar decidido, custe o que custar, a permanecer fiel a Deus e à Sua Palavra.“O caminho de Deus em tempos difíceis”. A. LADRIERRE.


quinta-feira, julho 24, 2014

A CONSTRUÇÃO DA VOCAÇÃO E IDENTIDADE

Têm postagens novas no Site: https://sites.google.com/site/lerparasabermaisprofexpedito/

O tema da identidade tem percorrido a história da humanidade através das interpretações diferenciadas das ciências sobre o tema.  Evidentemente não há como falar de identidade sem mencionar o si mesmo e o outro. Ou seja, é um processo que acontece no grupo e no interior de cada pessoa. A identidade traz à tona também diversas maneiras que as pessoas encontraram de construir seus conceitos, morais e religiões. Portanto, a identidade também fala de cultura. Cultura que abre caminho para etnias, construção histórica e a caracterização de um povo. Portanto, falar de identidade também nos remete à dimensão política que faz a comunidade lidar com o poder que permeia sua constituição. A vocação adentra nos meandros mencionados acima, porém está intimamente relacionado com um processo de identificação que, através do trabalho, perpassa não só a dimensão profissional, mas também dos significados dados à vida. A vocação proporciona um processo de escolha que inclui concepções éticas de determinado grupo bem como e do transcender a si mesmo nos relacionamentos humano-humano, humano-sagrado. Esse espaço político expõe as riquezas grupais e a noção de comunidade como lugar de aconchego e encontro.  Para se formar uma identidade, é necessária a presença dos/as outros/as para que haja uma identificação. Sem o encontro com o/a outro/a não para encontrar a si mesmo/a. Nesse viés há uma relação de aproximação que se denomina representação.  O universo das representações não deve ser encarado como um mascaramento da identidade que nos faz receber um nome, uma história, uma memória. Há uma confluência de identidade entre as pessoas. Portanto, há um movimento na identidade que nos move para aspectos que nos lembra de transição de um lado para outro.O homem não nasce pronto para isto ou aquilo outro, ele se fabrica gradativamente em seu processo seletivo. Para Locke o homem é como uma tábua rasa, onde o conhecimento se escreve através da experiência. Existem certas atitudes quanto ao chamado pastoral. Uma delas é saber ouvir a voz de Deus.De fato, vocação e identidade, são de extremo valor para sustentar o sentido das pessoas. A Igreja como agência do Reino precisa ser administrada por homens e mulheres que realmente foram vocacionados por Deus e com essa nova identidade pode interagir com as pessoas do seu Reino.No antigo contexto judaico, era visível as mulheres serem discriminadas pela cultura judaica. Certo rabino disse que preferia nascer morto a nascer mulher. O pastoreio é voltado ao ser masculino, mas aqui na nossa América, as mulheres têm desempenhado seu ministério muito frutífero. De fato na teologia eclesiástica, as mulheres devem ser incluídas na vocação pastoral.Em ambos os casos ninguém toma essa honra para si se não for chamado por Deus. (Hebreus. 5:4).Creio que o pastoreio almejado poderia se basear no ministério do profeta Amós considerado o profeta da “justiça social”. A vocação está ligada à consciência divina que não vê dessa forma como muitos vêem.A igreja é para todos, a vocação e a identidade pastoral são para poucos, que no seu decorrer, forja-se na bigorna do exercício cristão, envolvido com as mais diversas tribulações, mas quem tem a vocação por amor, exerce seu pastoreio com a maior nobreza da convocação divina para o maior e mais excelente cargo, pastorear vidas para seu Reino. Existem certas atitudes quanto ao chamado pastoral. Uma delas é saber ouvir a voz de Deus. Alguns se equivocam e não discernem a voz de Deus com isso geram crises de autoridades.Para Arcângelo R Buzzi a teologia medieval considerava a identidade humana pertencente ao Deus vivo. É preciso resgatar com urgência a imagem do ser humano como imagem de Deus, pelo motivo da desvalorização atribuída ao pecado que distorceu essa imagem, mas em Cristo somos novas criaturas.



quinta-feira, julho 17, 2014

A HONRA DO OFÍCIO PASTORAL

Quando observamos os pastores do período bíblico, podemos observar que não era um trabalho fácil. Muitas pessoas, porém, pensavam que era desnecessário o pastorado e, portanto, dispensável. A honra do ofício universal pastoral é uma das prioridades que Cristo delegou a sua Igreja, independente de normas e costumes. Basta tal igreja contextualizar-se com os preceitos bíblicos, e exercer cristãmente todas as sãs doutrinas da Bíblia.  
O termo “pastor”, no grego, aparece como poimên, e seus derivativos são poimnê e poimnion, cuja tradução é “rebanho”. Além desses, também encontramos poimanô, traduzido por “pastorear”, “cuidar”. Também encontramos “outra palavra archipoimên, que pode ser traduzida por sumo pastor”, “pastor principal”. No conceito de “grego clássico, poimên (pastor) era título de honra aplicado a soberanos, líderes, governantes e comandantes dos exércitos gregos”. Paulo empregava palavras “denotando o privilégio e a honra dos que exercem o ministério pastoral na igreja de Cristo”, como pode ser visto a seguir: “Governante - ITs. 5: 12; ITm. 3: 4, 5; 5: 17; Embaixador - IICo. 5: 20; Defensor - Fp. 1: 7; Ministro - ICo. 4: 1; Exemplo - ITm. 4: 12; IPd. 5: 3”. “No hebraico, o termo equivalente a poimên é rã’ â (pastorear, apascentar)”. No Antigo Testamento esse termo ocorre mais de 60 vezes, sendo o mais comum à forma participal rõ’eh, traduzida por “pastor” referindo-se àquele que toma conta dos rebanhos domésticos alimentando-os. Essa palavra surgiu pela primeira vez em Gênesis 29:7-9, traduzida por “alimentar” ou “apascentar”. (LOPES; LOPES e DEUS, 2011, p. 56).
Allmen considera o ofício pastoral de suma importância:
O termo pastor – que é, de resto, uma expressão muito mais episcopal do que presbiteral – talvez seja o mais adequado. A função litúrgica, sua “liturgia”, parece ser tríplice: primeiro, é o representante e mandatário do Senhor, e, por causa disso, o sucessor dos apóstolos. O que faz fá-lo em nome de seu Mestre e com a autoridade que deste promana. Sua presença, no contexto da celebração, é um dos sinais da presença real do Cristo entre os que são seus. (ALLMEN, 2006, p. 191).
Devido à posição honrosa do pastor, Allmen exorta a não omitir a função de pastor ao ser solicitado no meio do público. Na maioria das vezes pode acontecer certa omissão justificável pelos momentos particulares, que venha ocorrer tal omissão. “Daí não lhe ser permitido omitir a sua identidade no meio dos leigos, por causa de uma falsa humildade. Ele é, por certo, membro do povo de Deus – mas ele o é na qualidade de pastor, representante do Supremo Pastor (IPd. 5. 4)”. (ALLMEN, 2006, p. 192).
O termo pastor é muito forte e caracteriza uma pessoa íntegra e responsável pelo rebanho que lhe foi confiado. O Senhor Jesus Cristo é o exemplo maior de Pastor.  “Partindo da situação concreta dos estábulos ou aprisco dos rebanhos, que têm uma porta de entrada, pela qual passa o pastor, enquanto os estranhos e os que querem roubar ou molestar as ovelhas entram por outro lugar”, Jesus está fazendo uma ilustração sobre a condição “espiritual dos guias da humanidade diante de sua pessoa divina”. Portanto, todos aqueles que pretendem “apascentar, governar ou ensinar seus irmãos não podem ignorar o Filho de Deus, que é a porta de entrada no recinto das ovelhas, isto é, o mediador entre o Senhor e o seu povo”. (BOSETTI; PANIMOLLE, 1986, p. 64).
Calvino entendia o valor do sacerdócio pastoral cristão como a posição de alta responsabilidade diante de Deus perante os homens por ele liderados: “O sacerdócio do pastor cristão consiste, por assim dizer, em oferecer os homens em sacrifício a Deus, ao conduzi-los à obediência, ao evangelho, portanto, sua meta, na realização de seu ofício, oferecer a Deus as almas purificadas, pela fé”. (COSTA, 2006, p. 209).
O pastor deve ser um homem compromissado com sua vida litúrgica. “Certa vez, com quase 70 anos, Lutero suplicou aos pastores para que fossem diligentes e não preguiçosos”:
Alguns pastores e pregadores são preguiçosos e não servem para nada. Não oram; não leem; não estudam as Escrituras. O chamado do pastor é: vigie, estude e leia. Na verdade, não é possível alguém ler as Escrituras em excesso e com cuidado demasiado; e aquilo que se lê cuidadosamente, não é possível entender bem demais; e o que se ensinar bem, não é possível praticar bem demais. O Diabo, o mundo e a nossa carne estão enfurecidos e cheios de cólera contra nós. Portanto, queridos senhores e irmãos, pastores e pregadores, orem, leiam, estudem, sejam diligentes. Esse tempo mau e vergonhoso em que vivemos não é época para serem preguiçosos, para dormir e roncar. (PIPER, 2005, p. 106 apud LUTERO).


sexta-feira, julho 11, 2014

A BOMBA D´ ÁGUA

Está disponível a Lição Bíblica do Próximo Domingo e outra postagem nova no Site                                      https://sites.google.com/site/lerparasabermaisprofexpedito/
Contam que certo homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. Foi quando ele chegou a uma casinha velha – uma cabana desmoronando - sem janelas, sem teto, batida pelo tempo. O homem perambulou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico. 
Olhando ao redor, viu uma bomba a alguns metros de distância, bem velha e enferrujada. Ele se arrastou até ali, agarrou a manivela, e começou a bombear sem parar. Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado para trás e notou que ao lado da bomba havia uma garrafa. Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu o seguinte recado: "Você precisa primeiro preparar a bomba com toda a água desta garrafa, meu amigo. PS.: Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir".
O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava à água. A garrafa estava quase cheia de água! De repente, ele se viu em um dilema: Se bebesse aquela água poderia sobreviver, mas se despejasse toda a água na velha bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá no fundo do poço, toda a água que quisesse e poderia deixar a garrafa cheia para a próxima pessoa... Mas talvez isso não desse certo.
Que deveria fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar a água fresca e fria ou beber a água velha e salvar sua vida? Deveria perder toda a água que tinha na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não se sabia quando?
Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear... E a bomba começou a chiar. E nada aconteceu!
E a bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água; depois um pequeno fluxo, e finalmente a água jorrou com abundância! A bomba velha e enferrujada fez jorrar muita, mas muita água fresca e cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela até se fartar. Encheu-a outra vez para o próximo que por ali poderia passar, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota ao bilhete preso nela: “Creia-me, funciona”! Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta!
Podemos aprender coisas importantes a partir dessa breve história:
1. Nenhum esforço que você faça será valido, se ele for feito da forma errada. Você pode passar sua vida toda tentando bombear algo quando alguém já tem reservado a solução para você. Preste atenção a sua volta! Deus está sempre pronto a suprir sua necessidade!
2. Ouça atentamente o que Deus tem a te dizer através da Bíblia e confie. Como esse homem, nós temos as instruções por escrito à nossa disposição. Basta usar.
3. Saiba olhar adiante e compartilhar! Aquele homem poderia ter se fartado e ter-se esquecido de que outras pessoas que precisassem da água pudessem passar por ali. Ele não se esqueceu de encher a garrafa e ainda por cima soube dar uma palavra de incentivo. Se preocupe com quem está próximo de você, lembre-se: você só poderá obter água se a der antes. Cultive seus relacionamentos, dê o melhor de si!
http://www.ejesus.com.br/


quinta-feira, julho 03, 2014

UM POUCO DA BIOGRAFIA DE DANIEL BERG

 Postagens novas  no Site - https://sites.google.com/site/lerparasabermaisprofexpedito/
Daniel Berg – (1884 – 1963).
Daniel Berg era um homem simples, porém tinha um zelo ardente pela evangelização. Em uma das inúmeras viagens a Suécia em 1920 conheceu a jovem Sara e no mesmo mês de junho contraiu matrimônio com ela em Suécia. (PEPELIASCOV, 1997, p. 56).
 A vida de Daniel Berg um dos fundadores da Assembleia de Deus em Pará Belém foi repleta de altos e baixos. Alencar cita alguns detalhes importantes da vida de Daniel Berg em sua biografia:
Daniel Berg nasceu em 19 de abril de 1884 em Vargön em, Suécia. De família batista muito pobre, segundo relata sua biografia, sofreu na infância a marginalização por ser “pagão” (só foi batizado aos 15 anos) numa sociedade que batizava as crianças e, em que, a Igreja Luterana, estatal, controlava escolas, igrejas. Aos 18 anos, Berg foi para a Inglaterra e de lá para os EUA. Chegou ao Brasil em 1910, aos 26 anos de idade, onde viveu por 52 anos, vindo a morrer em 1963, na Suécia.
Operário de uma fundição, apenas alfabetizado, no Brasil nunca assumiu qualquer igreja, cargo ou exerceu qualquer outra forma de influência. Chegou a admitir que pretendia “servir ao Senhor no futuro com sua força física”. No Brasil, trabalhou na Companhia Por of Pará, para sustentar seu amigo enquanto aquele estudava o português.
Nas entrevistas com os pastores, quando perguntados por que Daniel Berg nunca assumiu a presidência da Convenção ou de uma igreja, as respostas variavam entre: “ele era muito humilde; era apenas um evangelista, vivia nas ruas e nos trens distribuindo literatura; era analfabeto, nunca aprendeu a falar português”. Enfim, este homem que é fundador da Assembleia de Deus, morreu no ostracismo. Não há qualquer registro de Daniel Berg ter recebido uma consagração oficial como pastor. Seu nome desparece dos jornais da denominação e há apenas dois artigos assinados por ele (alguns entrevistados têm certeza de que não foi ele quem escreveu). Já no final da vida, foi homenageado no Cinquentenário da Igreja.
 A partir da década de 1960 a terceira fase, quando a Assembleia de Deus lançava a sua 1ª história e já era uma denominação nacional querendo afirmação institucional, houve todo um discurso elogioso sobre “dois heróis suecos” – provavelmente uma tentativa de “compensação” pelos anos que foi relegado ao esquecimento. Berg trabalhou um tempo em Portugal e no Estado do Espírito Santo e São Paulo, mas, oficialmente, permaneceu sem assumir a direção de uma igreja. Os novos missionários suecos que vão chegando passam a pastorear as igrejas já iniciadas e ele é preterido. Dois dos pastores entrevistados falaram que em seus últimos anos no Brasil Berg viveu em grande pobreza, algo que não seria novidade se tratasse de um pastor assembleiano no sertão nordestino, mas Berg, pioneiro fundador da igreja, vivendo em São Paulo, quando a Assembleia de Deus já era grande e rica, é de se perguntar pela ocorrência de tal esquecimento ou abandono? (ALENCAR, 2010, p. 55, 56).

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