https://www.revolvermaps.com/livestats/0ysj2bth17t/Visitantes online

domingo, março 15, 2015


GERADOS PELA PALAVRA DA VERDADE
Lição 4 – 27 de Julho de 2014.

TEXTO ÁUREO.
“sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre”. (IPd.1:23).
 VERDADE PRATICA.
Somente aqueles que foram gerados pela Palavra da Verdade são guiados pelo Espírito Santo.
PALAVRA-CHAVE.
“Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas”. (IPd. 1: 18).
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE.
Tiago 1: 9-11, 16-18.
9. Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação,
10. e o rico, em seu abatimento, porque ele passará como a flor da erva.
11. Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.
16. Não erreis, meus amados irmãos.
17. Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.
18. Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.
PARA REFLETIR E INTERAGIR.
Tiago oferece dois exemplos de provações a que o salvo nascido de novo em Cristo está sujeito a passar.  Nesse caso, um está relacionado a um irmão abatido e o outro sobre um homem rico.
2. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta, 3. e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado, 4. porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos? 5. Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? 6. Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais? 7. Porventura, não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado? 8. Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. (Tg. 2: 2-8).
Provavelmente abatido significa pobre, em contraste com o outro homem, que e rico. “Meus irmãos, tende grande gozo (Alegria) quando cairdes em várias tentações,” (Tg. 1: 2).
Glorie-se (tende grande gozo) é um imperativo que concerne ao que deve fazer o cristão pobre, pois Deus o exaltou ao permitir-lhe passar por circunstâncias (provações) difíceis, pois ela somente aperfeiçoará o seu caráter e sua fé. “Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma”. (Tg. 1: 4).
 O cristão rico também pode gloriar-se quando uma provação o abate, porque ela lhe ensina que a vida é curta, e que ele, em seus caminhos, ou seja, em seus afazeres, se murchará. O rico deveria sempre confiar no Senhor, não em si mesmo, muito menos em seu dinheiro. Convém lembrar que, essa palavra dita por Tiago não se aplica somente aos cristãos da igreja, mas a todos os homens das diversas sociedades, bem como nas diversidades de classes.
Em uma igreja simples e humilde no centro de Santo André sempre aparecia alguns mendigos que ao entrar na igreja sujos e maltrapilhos, devido seu odor, o Presbítero às vezes não os recebia bem e ao sair jogava desodorante no s bancos para eliminar o mau cheiro. É lamentável que nas igrejas os primeiros lugares sejam para pessoas da alta elite, ou estrelas sem brilho que ocupam certas posições na igreja.
OBJETIVOS DA LIÇÃO.
Após a aula, o aluno (a) deverá estar apto a:
Ø  Analisar – a relação entre os pobres e os ricos. Para cada um Deus dá o que bem lhe couber, para umas pessoas riquezas, para outras pobrezas, mas para a pior pobreza nunca faltará: Alimentos, vestes e bebidas.
Ø  Defender – a verdade que Deus só faz o bem. A primeira verdade é a nossa transformação de vida operada em nós através da Palavra de Deus pelo Espírito Santo.
Ø  Compreender que os filhos de Deus são as primícias dentre as criaturas. Quanto ao ser primícias dentre as criaturas (povo em geral) é pelo fato da salvação em Cristo, esse privilégio pode ser estendido a todas as pessoas que se convertem a Cristo.
RESUMO DA LIÇÃO.    
Do ponto de vista social, não é difícil reconhecer que a igreja do primeiro século era constituída por duas classes sociais: a dos pobres e a dos ricos, mas para Deus todos são iguais. Deus é o que só nos faz bem, por isso não devemos errar e quando errar não permanecer no erro. Toda boa dádiva provém do Pai das Luzes, que nos gerou de novo pela Palavra da Verdade, é algo que somente Deus pode fazer através der Se Filho por meio do Seu Evangelho. Portanto, o propósito de Deus para nós que somos suas primícias é que vivamos bem, independentes da nossa classe social. O seu propósito para nós como suas primícias, como seus filhos escolhidos e nomeados para darmos fruto de justiça para gloria do seu nome. Quem é gerado de novo pela Palavra da Verdade, não permanece como está, mas cresce em todos os sentidos para engrandecimento do Corpo de Cristo, e também sua ascensão social e espiritual.
Esboço da Lição.
TEMA: GERADOS PELA PALAVRA DA VERDADE
INTRODUÇÃO
I. A RELAÇÃO ENTRE OS POBRES E OS RICOS. (Tg. 1: 9-11).
  1. Os pobres na igreja do primeiro século.
  2. Os ricos na igreja antiga.
  3. Perante Deus, pobres e ricos são todos iguais.
II. DEUS SÓ FAZ O BEM. (Tg. 1: 16, 17).
  1. Não erreis. (V. 16).
  2. Todo dom e boa dádiva vêm de Deus.
  3. A origem de tudo o que é bom está no Pai das luzes.

III. PRIMÍCIAS DE DEUS ENTRE AS CRIATURAS. (Tg. 1: 18).
  1. Algo que somente Deus faz.
  2. A Palavra da Verdade.
  3. O propósito de Deus.
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Nesta Lição vamos estudar acerca da qualidade relacional da igreja nos diversos níveis de interação entre as pessoas geradas pela Palavra da Verdade, as distorções sociais que havia na igreja, mas para nós é bom que relacionemos com todos indistintamente da sua classe social, se é pobre, se é rico, analfabeto ou erudito não importa para Deus não há acepção de pessoas.
A igreja do primeiro século não podia negar as duas classes sociais que conviviam juntas, apesar das discriminações, Tiago exortou que não fizessem acepção de pessoas, porque perante Deus todos são iguais, tanto pobres como ricos. Deus só faz o bem, e isso deve ser levado em conta para que não vivamos no erro, mesmo que as provações sejam duras, temos que suportar. Deus é o doador de todos os seus dons para seus filhos, toda boa dádiva provém das suas mãos. Além da criação do Cosmos e dos seres vivos, Ele também nos gerou pela sua Palavra da Verdade. Como o Pai das luzes, Tiago pode estar fazendo uma referência ao Sol e a Lua que variam suas luzes de acordo com a noite e o dia, mas em Deus não há sombras de variação, Ele permanece inalterável.
A igreja é a sua primícia entre as criaturas. Nicodemos um príncipe dos judeus se impressionou quanto ao novo nascimento ensinado por Jesus. Ele não entendeu porque estava fora do Espírito, mas esse processo é algo que só Deus tem a capacidade de fazer. Existem muitas “verdades”, mas para os que confiam em Cristo só há uma Verdade absoluta, a sua Palavra e é por meio desta que Tiago está dizendo que fomos gerados de novo. Esse é o propósito maior de Deus gerar aqueles que aceitam a oferta da salvação por meio de Cristo Jesus, através do Seu Evangelho, no intuito de darmos fruto de justiça para engrandecimento do seu Reino e para nosso crescimento.
I. A RELAÇÃO ENTRE OS POBRES E OS RICOS.
9. Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação,
10. e o rico, em seu abatimento, porque ele passará como a flor da erva.
11. Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos. (Tg. 1: 9-11).
Infelizmente em alguns casos o relacionamento não é o melhor possível, porque o nível social e cultural às vezes diverge muito. O pobre se sente acuado por diversos motivos, por ser colocado em certas brincadeiras de mau gosto, ou pela sua própria vivência. Mas, por outro lado tem muitos ricos que são amáveis, ajudam na medida do possível. Têm também os soberbos os arrogantes, os que também fazem acepção de pessoas, ou tratam os pobres com vulgaridade. “O homem de bem alcançará o favor do Senhor, mas ao homem de perversas imaginações ele condenará”. (Pv. 12: 2). Que possamos ser pobres ou ricos, porém, homens de bem.
  1. Os pobres na igreja do primeiro século.
Do ponto de vista social, não é difícil reconhecer que a igreja do primeiro século era constituída por duas classes sociais: a dos pobres e a dos ricos, tendo evidentemente mais pobres em sua composição. Devido a certas discriminações a acepção de pessoas era muito grande entre o povo.
Uma vez que não podemos fazer acepção de pessoas. “porque, para com Deus, não há acepção de pessoas”. (Rm. 2: 11). Quem disse isso tinha tudo para expor tais palavras porque era um homem perseguido pelos seus, não por motivo de riquezas, mas, pelo que Paulo representava como um cristão pobre, porém, erudito, um grande talento nas mãos de Deus, porém muito humilde. Paulo escreveu aos colossenses, como Deus nos vê em Cristo e nos trata de igual modo.

“onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos”. (Cl. 3: 11).
Os pobres daquela época, que foram gerados pela Palavra e inseridos no Corpo de Cristo, viviam essa perseguição ideologia de nível social, porque a igreja tinha motivos para alegrar-se no Senhor, como nascidos de novo, e toda a igreja acolhiam os irmãos. É o que podemos observar nas palavras de Paulo. “recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência”. (Gl. 2: 10).
Tiago fala sobre a provação, neste caso a dificuldade que os pobres enfrentam na igreja. A pobreza é uma adversidade externa. O cristão pobre deve se regozijar em seu novo estado em Jesus Cristo. Este relacionamento deu-lhe verdadeira riqueza. Ele é um herdeiro de Deus e um coerdeiro com Jesus Cristo! Tiago lembra que a vida é passageira como a vida de uma flor, tem pouco tempo de duração. Por isso, é preciso aproveitar ao máximo a vida como Deus nos deu e viver de forma harmoniosa com nossos irmãos e com as demais pessoas a nossa volta.
Dizem que o dinheiro traz liberdade, de certa forma sim, mas a felicidade de estar aos pés do Senhor é a maior das liberdades. O desejo desenfreado de possuir dinheiro pode escravizar e levar a destruição; somente Cristo traz a verdadeira liberdade. 7.“Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. 8. Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. 9. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. 10. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. (ITm. 6: 7-10). Conheço pessoas ricas que ostentam carrões, mas tratam as pessoas com descaso, ou com certa ironia, essas pessoas são ricas materialmente, mas, pobres de vida. Foram pobres viveram na miséria para guardar dinheiro, até passaram fome, e hoje são arrogantes e ainda se parecem miseráveis.
  1. Os ricos na igreja antiga.
A Bíblia descreve alguns ricos como sendo judeus proprietários de grandes bens, e muito seguros no gastar, mas as Escrituras declaram que alguns eram frequentemente repreendidos pelo Senhor. Porque não sabem fazer o que é reto, diz o Senhor, entesourando nos seus palácios a violência e a destruição”. (Am. 3: 10). Lucas também escreve a respeito dos ricos exortando-os. Mas ai de vós, ricos! Porque já tendes a vossa consolação”. (Lc. 6: 24). Provavelmente, esses ricos se consolavam com suas riquezas, mas desprezavam ao Senhor do qual provém todas as riquezas lícitas, todos os bens que os homens possuem são na verdade emprestados por Deus.
Na maioria das vezes os ricos e abastados têm tendência para desenvolverem a arrogância, a autossuficiência e a postura de senhores poderosos, que pensam poder comprar as pessoas a qualquer preço. Mas a advertência quanto a esses ricos não é nada boa, conforme Paulo escreveu a Timóteo. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. (Tm. 6: 10).
Nada impede que os ricos desfrutem da paz em Cristo. Um cristão rico, por outro lado, deve se regozijar porque em Cristo foi rebaixado a um nível onde “os enganos das riquezas” (Mc. 4: 19) e a ansiedade de amontoá-las e retê-las já não está mais em primeiro lugar e nem mesmo é alvo de considerações relevantes.
Mais ainda, as riquezas são temporárias. São como a relva verde e suas flores, que logo amarelam sob o calor do sol da Palestina. Kauson (ardente calor) foi aqui usado simplesmente falando do calor do sol e não do siroco, o (quente vento) do deserto que sopra através da Palestina vindo do leste.
É possível um rico ser gerado pela Palavra da verdade e tornar-se um filho de Deus? É possível sim! Mas desde que Le se desprenda das suas riquezas, não se desfazer delas, mas tirar o seu coração se estiver preso a elas, como do jovem rico exortado por Jesus.

Isso nos é demonstrado nas palavras de Lucas. “E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus”. (Lc. 18: 24-26). Mas a dificuldade de alguns ricos quanto ao desprenderem das suas riquezas não é da fácil, porém, possíveis se suas riquezas não estiverem amontoadas em seus corações.
Quanto à decisão dos ricos de se converterem a Cristo obedecendo a seu Evangelho, não haverá barreias de separação entre ricos e pobres, por que todos são considerados filhos do mesmo Deus. Sendo assim não haverá acepção de pessoas. Paulo descreve a situação dos salvos. “glória, porém, e honra e paz a qualquer que faz o bem, primeiramente ao judeu e também ao grego; porque, para com Deus, não há acepção de pessoas”. (Rm. 2: 10, 11). Para tudo há uma condição, aqui é fazer o bem aos da casa e aos estrangeiros, ou seja, viver em harmonia entre os irmãos, tanto pobres como ricos.
      3.  Perante Deus, pobres e ricos são todos iguais.
As igrejas devem receber todos seus membros de modo igual, segundo o Evangelho de Cristo, isto é, como membros do mesmo Corpo de Cristo fazendo assim parte da mesma família de Deus, às vezes alguns recebem tratamento diferente mesmo sendo pobres. Após nossa conversão a Cristo na haverá mais barreiras, independentemente da condição social, por que todos são considerados por Deus como seus filhos e a Jesus como nosso irmão. “E foram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se dele, por causa da multidão. E foi-lhe dito: Estão lá fora tua mãe e teus irmãos, que querem ver-te. Mas, respondendo ele, disse-lhes: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam”. (Lc. 8: 19-21). Ser família de Deus é executar a sua vontade é o que podemos observar no (v. 21). O Cristianismo é uma religião de ação. Por mais importante que seja o ouvir, não se deve parar por aí. O fazer deve seguir-se ao ouvir. Ser apenas ouvinte é uma forma de engano próprio. Infelizmente têm muitas religiões que só fazem a suas vontades, às vezes a vontade é de enriquecer a custa da religião, principalmente dos pobres e ignorantes que não conhecem as Escrituras, sendo presa fácil desses lobos ímpios, ricos e devoradores.
Ilustrações claras dispensam quaisquer desculpas e exceções. Imagine dois visitantes chegando a uma igreja em uma manhã de domingo.
Uma limusine com chofer traz um homem usando um terno impecável. Outro carro se aproxima também, só que já bem velho e gasto, e traz um homem em um terno barato e já surrado. Ao prestarem melhor atendimento ao homem rico, os porteiros fazem distinção e tornam-se, assim, juízes de maus pensamentos. A distinção vem do mesmo verbo que vagar “... que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte...” (Tg. 1: 6). Por meio de sua parcialidade, os transgressores “cambalearam” em sua fé. No tempo em que a teologia da prosperidade ganhava público aos montões. Era recomendado pelos líderes que os pobres com seus carrinhos velhos, não podiam estacionar em frente à igreja, por que isso era sinal de pobreza e falta de prosperidade. Só os ricos eram bem vindos, como são até hoje, mas em determinadas igrejas, quem construiu o seu grande patrimônio foram na maioria os pobres com suas pequenas ofertas e seus suados dízimos. Perante Deus somos todos iguais ricos e pobres, mas para algumas igrejas isso não se aplica. Só os abastados dão testemunho de prosperidade servindo de chamariz para quem não quer ser pobre. Consideremos as palavras de Tiago a respeito de certas riquezas.
“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína”. (Tg. 1: 9). Cuidado em como você vai adquirir suas riquezas, atente para os conselhos de Tiago e cuidado para não naufragar com suas riquezas se essas forem indevidas.
 II. DEUS SÓ FAZ O BEM.
“Não erreis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação”. (Tg. 1: 16, 17).
  1. Não erreis. (v. 16).
Essa advertência de Tiago não significa afirmar que se trata de “santidade plena”, ou de pessoas perfeccionistas: a de que o homem uma vez remido, jamais pecará. Tal palavra significa, porém, que o crente, não deve dar ouvidos à voz da concupiscência carnal. Tiago lembra que não devemos dar ouvidos àquilo que é mau.
Nesse verso 16 Tiago está advertindo os crentes a não se curvarem aos desejos imorais e infames do mundo, pois Deus é a fonte de tudo o que é bom. Logo, não podemos dar crédito àquilo que é mau, muito menos, deixar seduzir-se. Será que esse verso se refere ao engano sobre de onde vêm as provações (Tg. 1: 13)? Estruturamente essa opção é a preferível, porquanto o termo que designa os destinatários da Epístola, meus amados irmãos normalmente introduz um novo parágrafo. Se alguém lançar a culpa em Deus quanto a uma provação, essa pessoa está imergindo no pecado e negando a bondade de Deus.
Tiago confia que seus irmãos leitores são crentes verdadeiros (irmãos), mas temia que se desviassem da fé, o que fica implícito na exortação não vos enganeis; ele tem receio de que esses crentes possam cair no erro da dúvida quanto à bondade de Deus, o que poderia ser fatal à fé.
Deus nos ama, por isso só nos faz bem, se somos tentados é porque Ele tem um propósito para nossa vida. Ele só quer nosso bem. Imaginar que porque nasci pecador, tenho que pecar em um determinado momento é puro engano. Mas a exortação de Tiago é: “Não erreis, meus amados irmãos”. (Tg. 1: 16).
Os recursos necessários para vencer a tentação ficam disponíveis para aqueles que humildemente dependem do Senhor. Paulo declara inspirado pelo Espírito Santo: “Se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as práticas do corpo vivereis” (Rm. 8: 13).
2.  Todo dom e boa dádiva vêm de Deus.
Um dom de Deus, como a sabedoria que torna uma pessoa espiritualmente madura precisa ser buscado com muita paciência. “Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma”. (Tg. 1: 4), não pode ser recebido pelo crente através de esforços humano. Quem o distribui é Deus. Este dom é fruto da graça do Pai para seus filhos. Numa época em que as pessoas se tornam mais duras quanto à graça de Deus, que tem como objetivo tirar o foco da glória de Deus e da sua benignidade tornando o ser humano descrente “digno” do céu. Por muito tempo a filosofia colocava o homem como centro do universo, ou seja, o homem estava no lugar de Deus. Precisamos lembrar que os esforços humanos, vida disciplinar como forma de receber a salvação e também as dádivas de Deus é puro engano. Impossível para o homem conseguir tais benefícios se ele não se converter a Cristo.
Sabedoria é olhar para a vida com os olhos de Deus. O sábio busca maturidade e não prazer.
Há pessoas cultas e pessoas tolas. Há pessoas que têm erudição, mas não sabem viver a vida nem fazer escolhas certas. Porque não buscam o dom de Deus para viver conforme a sua vontade.
Quando estamos sendo provados, precisamos de sabedoria para não desperdiçar as oportunidades que Deus está nos dando para chegarmos à maturidade. A sabedoria nos ajuda a entender como usar as provas. Deus não está interessado em nosso sofrimento só para nos castigar, pelo contrário a sua vontade é que amadureçamos para fazer conforme a sua vontade e não como a nossa. Se nos faltar entendimento para fazermos a sua vontade é só se achegar a Ele e pedir sabedoria para viver. “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada”. (Tg. 1: 5). A sabedoria é um dos maiores dons de Deus para executarmos a sua obra.
 3.  A origem de tudo o que é bom está no Pai das luzes.
Tiago ao escrever que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto”, ele na verdade está declarando que somente as coisas boas e a virtude provêm de Deus. Em Deus na há sombra de variação, porque Ele é o Pai das luzes, Isto é, nEle não há trevas em certo momento e trevas em outro. Só há luz, em Deus não há variação, Ele não muda porque é bom. Deus não faz mal a seus filhos. “E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem”?  (Lc. 11: 11-13).
Em contraste com o ponto de vista de Deus como emissário de provações e tentações, está a perspectiva de que Deus nos dá boas coisas. “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação”.  (Tg. 1: 17).
Dizer que Deus só dá coisas boas e essas boas dádivas naturalmente significa negar que Deus dá coisas más, uma vez que são incompatíveis. No entanto, Tiago está dizendo uma verdade mais profunda que “Deus é bom”. Além do mais, o caráter de Deus não está sujeito a mudanças. Ele é o Pai das luzes. Trata-se de uma referencia à criação, e indica a extensão da bondade de Deus.
Tiago está fazendo um contrate ente a criação do Sol e da Lua que não são constantes, pelo que um substitui o outro de acordo com suas estações, noite e dia. Mas conforme Tiago está dizendo que, em Deus não há sombra de variação porque Deus é luz ininterrupta e não sofre nenhum tipo de variação.
Paulo quando estava a caminho de Damasco foi surpreendido por Deus e narrou que: “E, indo no caminho, aconteceu que chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu”. (At. 9: 3). A luz foi tão forte que seus olhos foram ofuscados pelo intenso brilho, por isso esteve alguns dias sem visão.
Mas para algumas pessoas a visão que tem de Deus é outra, como se Ele fosse um carrasco pronto a castigar-nos, como foi com Paulo, que precisou ser tratado daquela maneira, mas Deus o honrou na sua caminhada cristã. Deus é luz e nEle não há trevas, Deus quer o melhor para seus filhos porque tudo que vem das suas mãos é bom.
III. PRIMÍCIAS DE DEUS ENTRE AS CRIATURAS
“Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas”. (Tg. 1: 18).
  1. Algo que somente Deus faz.
Até aqui vimos algumas considerações sobre os pobres e os ricos, sobre Deus como o Pai das luzes, que distribui seus dons aos seus filhos como prova de amor, visando à edificação da sua igreja, na capacitação e amadurecimento singular de cada um. Agora Tiago entra num comentário diferente, primeiro ele demonstrou as duas classes sociais, agora fala sobre a regeneração, ou seja, o ser gerado de novo pela Palavra.
A regeneração é um milagre proveniente do Pai das luzes, que segundo sua vontade, conforme explica a Palavra provêm de Deus: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação”. (Tg. 1: 17).
Foi Deus que nos gerou pela sua Palavra da Verdade. Ser gerado de novo é um, a ação realizada exclusivamente pelo Pai das Luzes através da operação conjunta com o Espírito Santo, a partir do Evangelho de Cristo. Ele nos limpou dos nossos pecados conforme as palavras do profeta Isaías. “Vinde então, e argui-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã”. (Is. 1: 18).
Quanto à regeneração, Tiago ilustra a boa dádiva de Deus, indicando que Ele nos gerou ou gerou pela Palavra da Verdade. (O Evangelho).

A referência às primícias das suas criaturas enfatiza que os crentes pertencem supremamente a Deus e demonstra a sua bondade, porque as primícias de uma árvore indicam a qualidade dela e também de outras coisas que deviam ser dedicados a Deus. “Dar-lhe-ás as primícias do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e as primícias das tuas ovelhas”.  (Deut. 18: 4).
Alguns eruditos acham que a referencia, aqui em Tiago, é a judeus e à criação, e não aos cristãos e á regeneração, mas o uso do termo primícias, na tradição cristã, torna esta última hipótese mais provável. “Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro”. (Ap. 14: 4).
Em primeiro lugar, o que Deus fez, Ele o fez por sua decisão. A ação de Deus não foi acidental, nem resposta a uma necessidade. Ele fez tudo segundo sua vontade, sua decisão, pelo que sua ação demonstra a essência de seu caráter.
Em segundo lugar, Ele nos gerou. Por um lado, esta ação é criadora. O Pai das luzes também é o Pai da Humanidade, e foi seu desejo que toda a vida humana existisse. Ele não somente providenciou a criação, mas a nova criação também: Foi Ele que nos trouxe o novo nascimento ou a redenção a todos os crentes (Jo. 3: 3-8; Rm. 12: 2; Ef. 1: 5; Tt. 3: 3; IPd. 1: 3, 23; IJo. 3: 9).
      2.  A Palavra da Verdade.
Nos dias que a igreja dispersa estava passando por lutar e duras provações, para superá-las era preciso ânimo e muita disposição para suportar as tribulações. A igreja do Senhor não havia deixado de serem as primícias entre as criaturas. Por esse motivo Tiago enfatiza a expressão “Palavra da Verdade”. Fomos gerados e enxertados pela Palavra que salva a nossa alma. “Pelo que, rejeitando toda a imundícia e superficialidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas”. (Tg. 1: 21).
 A operação é um do ato criador de Deus pela Palavra da Verdade.  A que Palavra Tiago está se referindo? Com certeza não é sobre a criação do Cosmos e das suas criaturas. Qual palavra no tempo do Novo Testamento é mais “Palavra da Verdade” do que o Evangelho? Esta expressão é semitécnica e designa a proclamação da ação de Deus em Cristo. “Na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita a à esquerda,” (IICo. 6: 7).  (cf. Ef. 1: 18; Cl. 1: 5; IITm. 2: 15; IPd. 1: 25). Deus de propósito, pôs em ação sua segunda criação, ou sua nova criação, ao enviar ao mundo a Palavra do Evangelho. Portanto, esse ato criador é resultado da grande beneficência de Deus para com seus filhos, “para que fossemos com as primícias das suas criaturas”.  “Somos-nos uma colheita,” diz Tiago, “Somos os primeiros frutos maduros da nova criação de Deus, uma promessa da grande colheita que virá”.
Todavia, os primeiros são os melhores, pois constituem a porção santificada de modo especial. É assim é que Tiago sublima a boa dádiva e intenção de Deus nas vidas dos crentes.
Tito fala sobre a esperança de vida eterna para os que foram gerados pela Palavra de Verdade.
“Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna”. (Tt. 1: 7).
       3.  O propósito de Deus.
Um dos maiores propósitos de Deus para o seu povo é a bênção da salvação. A vontade de Deus para nós não é tão somente encher-nos de bens materiais, mas fazer de nós as primícias de suas criaturas: os salvos mediante a fé em Cristo Jesus. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”. (Ef. 2: 8). Podemos observar que o Antigo Testamento fala sobre as primícias como a colheita dos melhores dos frutos da terra, “As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu Deus;...” (Êx. 23: 19).  Assim foi com a sua igreja tirada do mundo como as suas primícias no Evangelho, isso aconteceu exatamente na Festa do Dia de Pentecostes em Jerusalém.

A bênção maior que Deus concedeu para nós foi decidir nos gerar, dando-nos vida eterna pela Palavra da Verdade. Essa “Palavra” (logo aletheias “Palavra” ou “Mensagem Verdadeira”) refere-se ao Evangelho.
Tem de ser a mesma “Palavra de Deus viva” e regeneradora, conforme lemos na Carta de Pedro (IPd. 1: 23). A decisão foi de Deus que, pelo Espírito Santo, gera vida eterna no coração dos que creem, qualquer ser humano tem direito aos mesmos benefícios da salvação.
É a milagrosa operação de Deus fazer a mensagem da cruz e da ressurreição de Cristo se tornar verdadeira para o pecador com o resultado que este nunca mais duvide que a morte expiatória de Cristo fosse por ele. Ele tem direito de ser “filho”, incluído na família do Pai.
Tiago ainda acrescenta o fato de que o propósito que Deus teve em nos gerar pela Palavra foi “a fim de sermos como que os primeiros frutos de tudo o que Ele criou”. Duas verdades sobre essa finalidade de Deus em decidir salvar perdidos devem ser observadas.
Primeira, as primícias das colheitas foram oferecidas a Deus em reconhecimento de sua bondade por ter enviado as chuvas e o sol para produzir condições necessárias para a sobrevivência.
Portanto, não podemos nos sentir pobres e desestimulados a viver uma vida infeliz, mas por termos sido considerados como suas primícias é um grande motivo para nos alegrarmos no Senhor. Você é uma bênção de Deus por fazer parte das primícias da sua geração. Fomos escolhidos por Deus e nomeados por Ele para proclamarmos as virtudes do Senhor neste mundo.
“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; afim de quer tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda”. (Jo. 15: 16). Viva como nascido de novo, mas viva como escolhido por Deus é o que de fato nós somos, o resto não importa, mas somente a Deus devemos dar honra por tão grande salvação, e agradecidos a Ele por ter-nos gerados de novo pela Palavra da Verdade!
Conclusão
Inseridos no processo de aperfeiçoamento espiritual, Deus nos prova de todas as maneiras, nem o pobre ou rico escapam das provações, sofremos os mais diversos tipos de provações, independentemente de nossa posição social, econômica e cultural. Tais situações aperfeiçoam-nos e amadurecem-nos como pessoas salvar, geradas de novo pela Palavra de Verdade. Nós somos chamados a vivermos o Evangelho prático e não somente de palavras. A nossa nova vida vem do Pai das luzes, onde não há sombras de variação. O propósito de Deus para sua igreja é que vivamos como suas primícias entre as suas criaturas testemunhando o Evangelho da salvação. Portanto, não podemos esquecer-nos de que devemos proclamar o Evangelho num mundo conturbado por tantas violências e discriminação social.
Somos o Corpo de Cristo, a Igreja de Deus: a coluna e firmeza da verdade (ITm. 3: 15), não nos esquecendo de que foi Ele e não nós que o aceitamos, mas Ele nos recebeu como seus escolhidos.  “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; afim de quer tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda”. (Jo. 15: 16). Portanto, deixemos de lado nossa condição social, seja pobre ou rico e vivamos como crentes gerados de novo pela Palavra da Verdade, e acima de tudo escolhidos e nomeados por Deus, algo que só Deus pode nos conceder o privilégio de sermos seus filhos.
“... Até aqui nos ajudou o Senhor”. (ISm. 7: 12).

sexta-feira, março 06, 2015

ESCRIBAS OU SOFERINS (COPISTAS)

Desde o começo da escrita da Bíblia, houve empenho em preservar a Palavra de Deus. As Escrituras declaram que Moisés ordenou aos levitas que preservassem “este livro da lei” em benefício das gerações subsequentes. (Deuteronômio 31:25, 26) Deus ordenou aos reis de Israel que fizessem para si “uma cópia desta lei”, quando assumissem o trono. — Deuteronômio 17:18.
Mais tarde, surgiu uma necessidade especial de cópias das Escrituras Hebraicas, no tempo de Esdras, um sacerdote que, junto com outros judeus, subiu de Babilônia para Jerusalém, no sétimo ano do rei persa Artaxerxes (468 a.C.) - Esdras 7:1-7) Milhares de judeus haviam decidido permanecer em Babilônia e outros haviam sido espalhados, por causa de migrações e por motivos comerciais. Em diversos lugares surgiram salões locais de assembléia, conhecidos como sinagogas, e, para elas, os escribas precisavam fazer, à mão, cópias dos manuscritos bíblicos. O próprio Esdras é identificado como “copista destro da lei de Moisés” e como “copista das palavras dos mandamentos de Yahweh dos Seus regulamentos para com Israel”. — Esdras 7:6, 11.
I. O TRABALHO DOS “SOFERINS”
A partir dos dias de Esdras, e por uns mil anos, os copistas das Escrituras Hebraicas eram conhecidos como “soferins”. Uma antiguíssima tradição rabínica relaciona este  título com o verbo hebraico (safar) que significa “contar”, dizendo: “Os primitivos eruditos eram chamados Sof’rim, porque contavam todas as letras na Tora”, quer dizer, no Pentateuco, ou nos primeiros cinco livros da Bíblia. Tal empenho meticuloso assegurou alto grau de exatidão na transmissão das Escrituras Hebraicas.
É claro que séculos de produção de cópias resultaram, naturalmente, em
que alguns erros se introduzissem no texto bíblico, hebraico. Há evidência de que os soferins até mesmo fizeram algumas poucas mudanças intencionais. Por exemplo, copistas muito posterior es na história alistam 134 lugares onde os soferins mudaram o texto original hebraico para orar Adonai [“Senhor”] em vez de o nome pessoal de Deus, IHVH [“Yahweh”]. Felizmente, porém, estes escribas indicaram onde fizeram as mudanças, de modo que estudiosos subsequentes soubessem o que o texto dizia originalmente.
De acordo com a tradição judaica, antes da destruição do Templo, em Jerusalém, em 70 d. C., fizeram-se esforços estrênuos de voltar ao que o texto bíblico hebraico dizia originalmente. Sobre isso escreve Robert Gordis em O Texto Bíblico: “Os guardiães do texto bíblico encontraram um manuscrito antigo, meticulosamente escrito, e constituíram-no em base para o seu trabalho. Tomaram-no como arquétipo, do qual se deviam fazer todas as cópias oficiais e segundo o qual todos os manuscritos em mãos particulares podiam ser corrigidos daí em diante.”
Lida como o “Rolo dos recintos do Templo”, que servia de modelo para a revisão das novas cópias. Faz-se também menção de “corretores de livros bíblicos em Jerusalém”, que recebiam seu salário do tesouro do tesouro do Templo.
A literatura rabínica menciona uma cópia hebraica do Pentateuco conhecido no Templo.
II. O TEXTO “MASSORÉTICO”
Originalmente, os manuscritos da Bíblia hebraica foram escritos apenas com consoantes. O alfabeto hebraico não possui letras vocálicas, tais como as nossas a, e, i, o, u. Mas, se olhar hoje para uma Bíblia hebraica impressa, notará que acima, abaixo ou no meio de cada palavra há pontos, traços e outros sinais. Por que foram estes acrescentados ao texto das Escrituras Hebraicas? Porque as palavras hebraicas escritas apenas com consoantes muitas vezes podem ser pronunciadas de várias maneiras diferentes, com variações de sentido. Os pontos vocálicos e os acentos servem para proteger a pronúncia tradicional de cada palavra.
Os pontos vocálicos e os acentos são a obra de copistas especialmente peritos, que viviam durante o sexto e até o décimo século d.C. Estes escribas vieram a ser conhecidos como baalei ha-masoreth (“senhores da tradição”) ou “massoretas”. O texto hebraico com pontuação vocálica, portanto, é chamado texto “massorético”.
Os massoretas não mudavam nada quando copiavam os manuscritos da Bíblia hebraica. Examinavam todas as formas incomuns de palavras, fazendo anotações sobre elas nas margens dos manuscritos massoréticos. Estas notas são chamadas “massorá”. Um método muito abreviado de anotações, conhecido como a “pequena massorá”, aparece nas margens, ao lado do texto da Bíblia hebraica. As margens no alto e ao pé das páginas contêm a “grande massorá”, que suplementa a pequena massorá. No fim de alguns manuscritos massoréticos encontra-se uma “massorá final”, parecida com uma concordância.
Tais anotações revelam que os massoretas havi am acumulado enorme quantidade de informações para a preservação fiel do texto bíblico. Segundo Robert Gordis, “contavam as letras da Escritura, determinavam a letra central e o versículo central da Torah [Pentateuco], fixavam a letra central da Bíblia como um todo, compilavam listas extensas de formas bíblicas raras e únicas, alistavam o número de ocorrências de milhares de palavras e usos bíblicos — tudo para ajudar a protegê-la contra alterações e impedir que escribas introduzissem mudanças no texto aceito.”
Por exemplo, a pequena massorá observa que a primeira palavra de Gênesis, bereshith (muitas vezes traduzida: “No princípio”), ocorre cinco vezes na Bíblia, três vezes no começo dum versículo. Muitas palavras, em quase cada página dos manuscritos bíblicos massoréticos, são marcadas na margem pela letra hebraica lamedh (ל). Esta letra (equivalente ao nosso “l”) é uma abreviatura da palavra leit, que é aramaica para “não há nenhuma”. Indica que a expressão, assim como aparece naquele ponto, não ocorre em nenhum outro lugar. Sobre a massorá, Ernst Würthwein observa em O Texto do Antigo Testamento:
“Muitas vezes, tais anotações massoréticas nos parecem forçadas, frívolas e sem finalidade. Mas, precisamos lembrar-nos de que são o resultado do desejo apaixonado de proteger o texto e de impedir erros deliberados ou descuidos do escriba, . . . A massorá dá testemunho da revisão extremamente precisa do texto, que merece nosso respeito, embora sempre haja o perigo de que no cuidado com a letra do texto seu espírito tenha sido despercebido.”
III. A EXATIDÃO É CONFIRMADA PELOS ROLOS DO MAR MORTO
Pesquisas feitas na região do Mar Morto encontraram numerosos rolos hebraicos, escritos antes de Cristo. Muitos deles contêm partes das Escrituras Hebraicas. Como se comparam eles com os manuscritos massoréticos, produzidos uns mil e tantos anos mais tarde?
Num estudo, examinou-se o capítulo cinquenta e três de Isaías, tanto no Rolo de Isaías do Mar Morto, copiado por volta de 100 a.C., como no texto massorético. Norman L. Geisler e William E. Nix apresentam os resultados deste estudo em Uma Introdução Bíblica:
“Dentre as 166 palavras em Isaías 53, há apenas dezessete letra s em dúvida. Dez destas letras simplesmente são questão de grafia, que não afeta o sentido. Mais quatro letras são mudanças estilísticas menores, tais como conjunções. As remanescentes três letras abrangem a palavra ‘luz’, que é acrescentada ao versículo 11, e não afeta muito o significado. . . . Assim, em um só capítulo de 166 palavras, há apenas uma palavra (três letras) em dúvida, depois de mil anos de transmissão — e esta palavra não altera significativamente o sentido da passagem.”
Outra publicação observa que este rolo é uma cópia adicional de partes de Isaías encontrada perto do Mar Morto, “mostraram ser palavra por palavra idênticos à nossa Bíblia hebraica comum, em mais de 95% do texto. Os 5% de variação consistem principalmente em lapsos óbvios da pena e em variações de grafia”.
Portanto, quando ler o Antigo Testamento, ou as Escrituras Hebraicas, pode confiar em que a sua Bíblia se baseia num text o hebraico que transmite com exatidão os pensamentos dos escritores inspirados de Deus. (2 Timóteo 3:16) Milhares de anos de produção profissional, meticulosa, de cópias asseguram o que Deus predisse há muito: “Secou-se a erva verde, murchou a flor, mas, quanto à palavra de nosso Deus, ela durará por tempo indefinido.” — Isaías 40:8.



LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...