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sábado, fevereiro 13, 2016

SERMÃO QUE AS PESSOAS OUVEM


Prender à atenção de um auditório, que depois de quase uma hora e meia de culto, não é tarefa fácil, eles podem estar saturados com o programa de culto, ou entediados com que foi realizado até momentos antes do pregador se posicionar. Existem vários fatores que às vezes dificultam nossa apresentação. Temos que ser dependentes de Deus, mas um pouco de esforço e criatividade são bons ingredientes para se pregar a Palavra de Deus.
Segundo comentário de Robinson: a maioria dos livros sobre como pregar tem muito a dizer sobre o desenvolvimento do sermão, mas pouco sobre sua entrega. Isso se reflete no modo como pregamos. Embora os pastores gastem horas, todas as semanas, na construção do sermão, raras vezes dedicam umas poucas horas por ano a pensar sobre a entrega da mensagem. Mas, os sermões não entram no mundo como esboços ou manuscritos. Tem vida, somente quando são pregados. Um sermão pregado inadequadamente já nasce morto. A eficácia de nossos sermões depende de dois fatores: o que dizemos e como dizemos. Os dois são importantes. Sem conteúdo bíblico relacionado à vida, nada temos que valha a pena comunicar; mas sem uma entrega habilidosa, nós não transmitiremos nosso conteúdo para a congregação. Na ordem de relevância, os ingredientes que compõem o sermão são o pensamento, a disposição, a linguagem, a voz e os gestos. (...). Os gestos e a voz emergem como os fatores mais determinantes. Cada estudo empírico da entrega e do seu efeito sobre o resultado de um discurso ou sermão chega à idêntica conclusão: a entrega é de máxima importância. (ROBINSON 2002, P. 215).
Robinson (2002, p. 215, 216, 217). Não podemos nos deter somente na questão da voz e dos gestos em que sobre saem na preleção, em primeiro lugar temos que considerar os sentidos do auditório, mas também “suas inflexões e ações que transmitem seus conhecimentos e atitudes mais acuradamente do que suas palavras”.
Robinson (2002, p. 217). Precisamos estar a par dos meios que venham chamar a atenção da congregação. Os olhos, as mãos, o rosto e os pés dizem tanto a uma congregação quando as palavras que pronunciamos, e mais, na realidade. Num estudo bem conhecido, o psicólogo Albert Mehravian reduz tudo isto a uma fórmula: Só sete por cento da mensagem de um orador vem através de suas palavras, trinta e oito por cento se comunica pela voz; cinquenta e cinco por cento vem de suas expressões faciais. Esta pesquisa tem a ver com os pastores e a pregação. Primeiro, nossa linguagem não verbal tem importância estratégica no falar em público. Quando nos dirigimos a uma congregação, três redes de comunicação diferentes operam ao mesmo tempo: nossas palavras, nossa entonação e nossos gestos. Todas as três comunicam ideias. (ROBINSON 2002, P. 217).
Robinson (2002, p. 217). “Quando o ator George Arliss leu pela primeira vez a peça de teatro Disraeli, aconselhou o autor a remover duas páginas”. “Posso dizer isso com um olhar”, disse ele. “Qual olhar?”Perguntou o autor. Arlis demonstrou e as páginas foram retiradas. De fato, nossas ações muitas vezes podem ser mais expressivas do que nossas palavras.
Quando usamos com elegância nossos gestos as pessoas se sentem bem para nos acompanhar em nossa pregação, mas infelizmente temos os excessos provocados pelos pregadores sensacionalistas, que mais berram, gesticulam do que pregam. Mas ainda bem que Deus tem seu modo de transformar coisas difíceis, para que não morramos sem entendimento, do que está sendo passado para nós durante certas pregações.

A tentação de ser ouvinte crítico
A meu ver, ninguém é com toda certeza o mesmo depois de conhecer parte do universo do conhecimento teológico, conhecimento é poder, se não tomarmos cuidado esse poder podemos sair do propósito e do objetivo e da aplicação prática da nossa Teologia. Não podemos pensar que sabemos mais do que os outros, porque não somos o dono do conhecimento e o conhecimento nos foi delegado para edificação do Reino de Deus. Precisamos vencer essa tentação de ouvintes tão críticos, a ponto de reprovarmos quase tudo nas pregações, e em quase todos os pregadores.
Moraes (2002, p. 35). A partir do momento que adquirimos os conhecimentos técnicos da homilética, estamos nos equipando para o nosso objetivo da preparação das nossas mensagens do púlpito. Precisamos tomar providência para que não sejamos céticos demais, nos tornando ouvintes críticos das falhas dos outros pregadores, a ponto de não conseguirmos alimento para nossas almas, do assunto que está sendo pregado. Um bom pregador não deve perder as oportunidades de sentar para ouvir seu conservo em Cristo pregando sua mensagem. Caso isso não aconteça, é bom revermos nossa vida devocional.

Tenho ouvido muitos improvisos, mas sempre tenho aprendido alguma coisa pelo filtro teológico, mesmo porque a base de todo conhecimento vem das bases vulgares da sociedade primitiva. E o que sabemos, digo eu, pode ser uma pequena fagulha neste mundo complexo nas diversidades científicas. E bom sermos simples e com muita humildade.

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