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terça-feira, março 29, 2016

A FILOSOFIA DO PÃO E DO CIRCO

Outro ramo da cultura apresentado por Gundry (2011, p. 52) era as lutas dos gladiadores no anfiteatro, no coliseu e em outros centros de entretenimentos o qual ficou conhecido ironicamente como pão e circo, ironicamente porque o espetáculo desligava o pensamento da população quanto aos seus problemas particulares, os sofrimentos, o pão, porque por um momento a fome era contraída e os miseráveis viviam por pouco de tempo o sonho de dormirem com suas barrigas cheias, pois o tal alimento era fornecido pelo imperador para aplacar as tensões da população, com isso o circo estava formado.
Gundry continua relatando os fiascos da história deixada por Roma e do povo da Palestina:
Os gladiadores podiam ser escravos, cativos, criminosos ou voluntários. Nada menos de dez mil indivíduos morreram num único desses eventos. A areia da arena ficou tão empapada de sangue que foi preciso trocar a areia várias vezes naquele dia. Os espetáculos de gladiadores que exibiam animais ferozes. Em uma dessas oportunidades, trezentos leões foram sacrificados. Quando da abertura inaugural do anfiteatro de Tito, cinco mil animais ferozes e quatro mil animais mansos foram trucidados. Elefantes, tigres, panteras, rinocerontes, hipopótamos, crocodilos e serpentes foram postos a lutar uns contra os outros. Peças teatrais maliciosas refletiam a imoralidade da época. Todavia, as diversões não consistiam somente de deboches. (GUNDRY, 2011, p. 52).
Podemos notar que o  mundo social do Novo Testamento não era tão social como se pensa, pois a desordem social, econômica, política eram tão fragelosas quanto pareciam. Também devemos pensar no sistema religioso, na política clerico sacerdotal, o partidarismo político? A situação em Jerusalém não era muito diferente dos seus senhores passado, como os: assírios, babilônios, medo-persas.  Alexandre o Grande e os romanos sob os quais viviam, pois os resquicios do reinado grego dos selêucidas, haviam criado questões religiosas por causa de dinheiro, em Jerusalém também não era diferente. A tradicional família dos Tobíadas. A família tobiada foi uma família de judeu, que viveu no século II a. C., e escreveu um Livro! O Livro de Tobias é um Livro apócrifo, ou seja, foi considerado como um livro da Bíblia pela igreja Católica (romana), mas na Bíblia da maioria dos evangélicos não tem esse Livro. Motivo pelo qual alguns historiadores não acreditam que as histórias do Livro são verdadeiras o mais provável que sejam inventadas por Tobias porque dificilmente se encaixam no contexto histórico da época em que foi escrito. Desde a época do reinado persa, essa família foi se enriquecendo com o comércio, graças à colaboração que prestava ao dominador da época. Parte do dinheiro dessa família estava guardado no Templo de Jerusalém, juntamente com o dinheiro reservado aos pobres. Nesse período, o Templo já funcionava como banco finaceiro! (BALANCIN, 2005, p. 70).


quarta-feira, março 23, 2016

CRESCIMENTO DE IGREJAS

Textos base para o Tema
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; (Mt. 28:19).
E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. (At. 2: 42, 46,47).
Introdução                                                      
Estamos vivendo um momento muito critico quanto ao crescimento da igreja. Lembrando que não se trata de uma única igreja, específica, mas no geral todas as denominações estão caminhando a passos lentos quanto ao seu crescimento, tanto físico, intelectual, cultural, e espiritual.
Logicamente estamos muito distante dos acontecimentos de Jerusalém, e quanto ao que Cristo disse sobre a Grande Comissão para a igreja ir, também estamos, até de certa forma indo, mas a passos muito lentos. Falta-nos a visão paralela com a Igreja de Jerusalém e também precisamos atentar mais para o que Jesus disse em Mateus 28:19.
Conscientização e ação coletiva.
A final, de quem é a culpa, quanto à gestão de talentos? Do pastor, dos obreiros, da igreja? Para falar a verdade, de todos nós, porque primeiramente já fomos convocados individualmente pelo Senhor Jesus para o IDE, por isto a culpa pelo mau desempenho da igreja, quanto ao seu crescimento é de todos nós.
Não precisamos ser mandados a fazer o que já deveríamos ter feito com mais empenho. Temos que ir ao campo, porque esta ordem já nos foi dado por Cristo. Mas por onde começar? Repensando nossa liturgia como igreja e acrescentar mais ânimo missionário, envolvendo mais os que estiverem dispostos a trabalhar.
Primeiro, temos que ter bons planejamentos, uma boa equipe ou um grupo bem estruturado, com um bom líder, dinâmico e prático. Pode ser o pastor, desde que tenha disponibilidade para os trabalhos, ou um obreiro de sua confiança, desde que seja capacitado para este grande trabalho, mas acima de tudo deve ser um bom Evangelista.
Também é necessário como requisito essencial, que o líder seja muito dedicado e com amor pelas almas, homem de oração e com comprometimento com Deus e com sua Palavra, sem querer de forma alguma visar benefícios próprios.
Portanto, é preciso também, que a equipe tenha um bom curso teórico e prático, (treinamento dinâmico), com uma estrutura bem elaborada, seguida a risca sempre. Também é preciso haver plena harmonia entre os integrantes da equipe, ou grupo de trabalho missionário. O líder precisa ser humilde, carismático, comunicador, com sangue de um verdadeiro Evangelista. Estas são algumas das virtudes entre tantas, para se trabalhar em equipe e também para se adentrar nos lares ou qualquer lugar público, ou privado. O treinamento para tudo isto deve ser umas das prioridades.
Não adianta vivermos das sombras e das glórias saudosistas do passado, agora é o presente que nos importa, se olharmos muito para as nossas histórias do passado, veremos o quanto falhamos, com tanto tempo como igreja do Senhor, isto é, já deveríamos ser dezenas delas, mas paramos em nossa velha construção.
Perguntas para reflexão:
1.      Qual deveria ser a prioridade para o crescimento de igrejas?
2.    O modelo atual de liturgia está correspondendo com a verdadeira necessidade da igreja, quanto ao seu crescimento?
3.      Qual é a nossa visão hoje para que a igreja cresça?
4.      Onde se gasta mais recursos financeiros, em relação ao crescimento da igreja?
1. Qual deveria ser a prioridade para o crescimento da igreja?
Tratando-se de prioridade, o departamento mais importante para o crescimento da igreja é a conscientização para uma Teologia Prática, quanto as Missões também Práticas. Não adianta vivermos somente no apoio de oração e financeiro, se nós mesmos não nos dispusermos a ir também.
Hoje é visível o orgulho pelo missionário enviado, também vejo assim, mas a alegria maior é ir também como ele, ou enviar alguém como ele e sustentá-lo, como nosso enviado, isto seria motivo de nossa realização independente de quaisquer circunstancias.
Sugestões práticas:
a)      Primeiro ao levarmos o novo convertido ao discipulado, deveríamos fazê-lo com vistas ao trabalho missionário, isto deveria ser acrescentado com mais ênfase junto às doutrinas que lhes são oferecidas.
b)      O papel primordial da igreja deveria ser o de treinar o obreiro, ainda que não seja um obreiro qualificado (consagrado) para o trabalho é preciso exercitá-lo para o trabalho missionário. Levá-lo a pratica, até mesmo antes de consagrá-lo ao Santo Ministério. Porque depois de consagrado vai ser difícil ensiná-lo.
c)      Ensina-se quase tudo no discipulado, mas quanto ao ensino missionário estamos deixando a desejar, esta culpa se dá pelo currículo ao que se submete o novo convertido. Entre as prioridades de ensiná-lo, a missão deveria ocupar um bom, ou porque não dizer um grande espaço no seu ensinamento e treinamento prático. Cristo se preocupou primeiro em convocar, treinar para depois enviar.
d)     No calor da nova conversão o novo convertido, sua recém-conversão a Cristo, é um dos melhores momentos para inculcar lhe a consciência missionária. Ele está disposto a fazer tudo pelo amor ao Senhor, como algo prazeroso, isto é representado pelo seu ardor ao falar de Cristo para seus parentes e amigos. Mas este calor logo passará e se ele não for bem ensinado, treinado, bem exercitado no trabalho missionário, com certeza, será mais um dos muitos obreiros sem ânimo para o trabalho missionário, ou seja, vai ser mais um como muitos, um excelente obreiro interno, mas um obreiro sem muitos requisitos para o trabalho no campo. Ele se tornou muito doméstico, agora para sair, ir é mais difícil.
2. O modelo atual de liturgia está correspondendo com a verdadeira necessidade da igreja, quanto ao seu crescimento?
Não! Primeiro, estamos mais envolvidos com diversos afazeres e deixamos o que é prioridade, as missões. Nossa liturgia está muito aquém de ser uma liturgia completa. Por assim dizer, justificamos o baixo trabalho na área missionária, o que estamos esperando? Se analisarmos o papel da igreja, logo perceberemos a nossa deficiência. Não podemos estar atrelado aos que não têm visão missionária, ou aos quem tem visão curta. Cabe a nós irmos à frente, sem precisar que nos mande, ou esperar que sejamos enviados por um grupo, ou qualquer entidade. O mandamento do IDE já nos foi dado! Cada igreja deve sim prestar contas, relatórios de tudo ao que está subordinada, seja quem for, mas o relatório de missões este sim, primeiramente se presta contas a Deus.
3. Qual é a nossa visão hoje para que a igreja cresça?
Absolutamente é difícil responder esta pergunta, pois engloba muitas coisas. Dizer o que é preciso, pode ofender os que não estão com as vistas boas para as missões.
Nossa visão hoje é mais parasitaria do que podemos imaginar. Colamos cartazes nas paredes, divulgamos mais o missionário enviado, do que as nossas atividades missionárias. Valorizar o missionário no campo é imprescindível, mas o nosso dever é fazer o que ele está fazendo, irmos ao campo também. Sem deixar é claro de apoiar o que está trabalhando no campo missionário. Com certeza ele precisa sim de nosso apoio. Mas a nossa atitude também é de conscientizar a igreja a fazer o mesmo.
4. Onde se gasta mais recursos financeiros, em relação ao crescimento da igreja?
Em muitos departamentos, mas infelizmente com as missões são mínimas, dizem que se gasta mais com Coca Cola e com recarga de celular..., do que com missões. Algumas observações a serem consideradas: Olhando para a igreja pelo seu tempo de existência, pela quantidade de Obreiros missionários, pelo gasto da igreja com missões, pelo seu quadro de missionários enviados, no Brasil e fora dele, nas missões em cidades vizinhas, em pontos de pregação, em grupos evangelísticos, nas aberturas de igrejas afiliadas. Se tivermos uma boa liderança acima de nós para o comprometimento missionário, na aplicação financeira, com certeza colheremos muitos frutos. Quanto a estas observações, devem-se observar também todos estes requisitos para os mesmos, que nos ditam as regras missionárias. Estes itens acima também deveriam entre outros tantos, receber mais atenção e investimentos financeiros, para expandirmos nossa missão, com bons instrumentos e acessórios para fortalecer nosso trabalho no campo.
Conclusão
Portanto, missão não se faz somente com boas intenções, mas, com boas ações, com as mãos na obra. Estamos em 2016 e a igreja ainda não evangelizou metade do mundo, se olharmos para nós o tempo da nossa existência, individual e coletiva, também veremos que não crescemos a metade do que deveríamos ter crescido.

Nossos rumos hoje como igrejas são vários, mas para muitos de nós o caminho missionário está sendo pouco percorrido. Todos os planejamentos da igreja são de extrema importância, mas se o programa de missões for fraco todos os projetos se enfraquecerão com certeza! É hora de repensarmos a nossa vida como igreja missionária. Está na hora de orar e planejar mais e fazer o que já deveríamos ter feito. 

terça-feira, março 08, 2016

PREGADOR DESPREPARADO


Mensagens improvisadas podem ocorrer ocasionalmente no ministério da Palavra para tratar questões triviais, complexas ou pertinentes ao momento, mas esse método não é apropriado para o ministério regular de ensino. “A terapia intravenosa é necessária, mas, somente em casos de emergências, mas ela jamais substituirá “uma dieta equilibrada””. (ROBINSON; LARSON, 2009, p. 744).
Knox comenta sobre o pregador despreparado e o caos que ele irá fazer a Igreja passar pela sua ineficiência: “Todos nós, alguma vez, já aguentamos o pregador que não se prepara para pregar”. Talvez esse pregador tenha em mente “não pensar de antemão o que deva dizer e que se deve depender completamente do Espírito, que dará, tanto a mensagem como as palavras apropriadas quando a hora chegar”. Reiterando, muitos usam esse texto citado por João 14. 26 de maneira incorreta, porque não se aplica a pregação de improviso, por ser realizada na hora. Seria absurdo o Espírito Santo apoiar esse tipo de pregador despreparado, para assumir o ministério da pregação da Palavra de Deus. “Mas, quer seja de um tipo ou de outro (sermão), sabemos bem como não é edificante o discurso de um pregador sem preparo prévio, especialmente se ele tiver que falar, domingo após domingo, para as mesmas pessoas”. (KNOX, 1964, p. 66,67).
Segundo Gonçalves (2003, p. 17) todo o pregador que não se prepara é como o aluno que não “fez sua lição de casa”, e todos percebem o seu despreparo. Quando esse pregador se põe a pregar fica evidente que suas ideias, os seus argumentos e o corpo do seu sermão são totalmente desestruturados. Infelizmente essa questão do improviso realmente se tornou um fenômeno entre os pentecostais, mas ainda dá tempo para resgatar a verdadeira pregação bíblica. “Eis a razão porque alguns começam, mas não sabem como concluir”. Os que só ministram a Palavra de improviso, demonstram não levar a sério o lugar que ocupa na obra de Deus. (Jr. 48: 10). O Espírito Santo não tem compromisso com esse tipo de pregador ocioso e irresponsável, Deus quer o melhor para o seu povo. É preciso se preparar para pregar!
Outro fator que merece a nossa atenção é a leitura feita em público, aparentemente, uma pessoa que lê em público tem menos dificuldades do que aquele que fala de improviso, ou seja, essa pessoa não usa papel ou anotações, a leitura do pregador é um dos elementos importantíssimos na hora da pregação. Uma leitura mal feita é algo desanimador, muitos chegam a pensar, se a leitura é ruim o que será da pregação. Precisamos analisar os elementos que envolvem a leitura e o improviso. Podemos notar que a grande maioria das pessoas que são convidadas para ler diante de um público sente enorme dificuldade. Ler bem é uma necessidade de quem lida sempre com um público, principalmente na Igreja. Uma leitura mal feita diante do público é algo desastroso, tira a beleza da leitura. Para isso é necessário um aprimoramento, ou seja, “um treinamento rigoroso”. (DUARTE, 1997, p. 107).
A falta de educação teológica tem demonstrado o despreparo de alguns pregadores, que tomam os púlpitos pentecostais, principalmente aos domingos à noite. Spurgeon foi categórico sobre essa questão do preparo do pregador, segundo ele o problema é: “A ignorância da teologia não é rara em nossos púlpitos, e o que causa espanto” é a quantidade de pregadores, que são “capazes de improvisar, mas que haja tantos quando são tão raros os teólogos. Jamais teremos grandes pregadores enquanto não tivermos grandes teólogos”. (SPURGEON, 1982, p. 192). (grifo meu).

Provavelmente as dificuldades virão, é possível que não tenhamos tempo para o estudo, mas meditar com profundidade na Bíblia ou estudar em bons livros sobre pregação não é coisa tão difícil, o problema do fenômeno do improviso nas práticas kerigmáticas no que se refere à pregação improvisada só terá fim se nós nos esforçamos pedindo graça e sabedoria a Deus, e agirmos com muita vontade para crescermos. 

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