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quarta-feira, dezembro 10, 2014

O QUE É PREGAÇÃO PENTECOSTAL?

As práticas Kerigmáticas estão relacionadas com os acontecimentos que envolvem o culto nesse caso, o culto pentecostal. Kerígma significa proclamação, entre outros significados. Convém ressaltar que, a pesquisa tratará sobre o Kerígma da Palavra, que envolve o conceito de pregação, estilo, tema e duração da pregação.
A Pregação Pentecostal na visão de muitas pessoas deveria ser pregada como a pregação de Pedro cheio do Espírito Santo no dia de Pentecostes sendo Pedro um dos maiores pregadores que existiu na história da Igreja Cristã Judaica, antes de entrarem os gentios porque até aquele momento a Igreja era judaica. Mas a partir de Cornélio a Igreja passou por sérias mudanças, porque as portas da Igreja de certa forma foram abertas aos gentios (Atos10), embora houvesse grande resistência por parte de Pedro contra a entrada dos gentios na Igreja, Mas o propósito de Deus foi cumprido.
No capítulo 11 de Atos se torna oficial a Igreja permitir o acesso dos gentios em Antioquia da Pisídia, onde os irmãos são chamados pela primeira vez de cristãos, v. 26. Essa Igreja a princípio era constituída de cristãos. Segundo Halley (1970, p. 502) diz que a Igreja foi “fundada pouco depois do apedrejamento de Estevão, pelos cristãos que foram dispersos pela perseguição que se seguia, começou sendo exclusivamente de cristãos de raça judaica, v.19.” Pedro comenta aos irmãos o fato ocorrido a respeito de Cornélio. As autoridades da Igreja, convencidas pelas provas de que Pedro levara para mostrar que a conversão de Cornélio era obra de Deus, aprovaram também esta obra, e enviaram Barnabé com as bênçãos da Igreja-mãe, e a partir de então entram muitos gentios, v.24. (HALLEY, 1970, p. 502).
Na opinião de Moen a pregação pentecostal tem a seguinte conotação: ele parte do pressuposto dizendo que: “Eu ouço um som, como de um vento veemente e impetuoso, que enche todo o auditório e continua dizendo”:
Quais são os elementos da pregação pentecostal? São distintos de outros tipos de pregação pentecostal? Há diferença de estilo ou substância dos sermões entregues na igreja tradicional ou mesmo na igreja evangélica? Eu sustento que vai muito além dos fatores emocionais. Observo três distintivos que se relacionam com a pregação pentecostal: a unção, a estrutura do sermão e a pregação por resultados. (TRASK, 1999, p. 638, 639 apud MOEN).
A seguir Moen dá algumas orientações, mas poucos pentecostais lêem ou sabem sobre o que ele está falando, ou seja, a respeito da introdução do sermão:
Há três propósitos básicos para a introdução de um sermão: obter atenção, apresentar a proposição ou o tema e criar interesse. Seja extremamente cuidadoso em seus comentários introdutórios. Tenha cuidado para evitar ser repetitivo. Evite a improvisação – o resultado pode ser uma observação ofensiva que não foi devidamente considerada. Não leia o texto de diversas traduções diferentes – fica enfadonho. E não leve muito tempo para chegar ao corpo da mensagem. (TRASK, 1999, p. 639 apud MOEN). (grifo meu).
Schneider disse que: Pedro pregou uma prédica, sendo que a prédica surgiu no Antigo Testamento e perdurou até no dia em que Pedro pregou e prossegue até os dias de hoje. O que nós temos em comum com o Pentecostes de Jerusalém é a manifestação do Espírito Santo que continua distribuindo pela graça os dons aos cristãos, como no caso da glossolalia que se considera como o ponto culminante até para consagração de um obreiro ao cargo ministerial, ou para se provar que a pessoa recebeu o batismo do Espírito Santo conforme a ideia de Charles Fox Parham, que não pode ser considerada como doutrina porque não tem respaldo bíblico, Paulo poderia criar uma doutrina semelhante à de Parham, mas não fez.
Reiterando essa questão do batismo com o Espírito Santo, no auge da reviravolta em que o movimento pentecostal ganhava força, partiu de Parham a ideia de que as línguas eram a “evidência bíblica” do batismo no Espírito Santo. (SYNAN, 2009, p. 18).
O Dr. Billy Graham se posiciona dessa forma: “A maneira com que as Escrituras usam a palavra batismo mostra que ele é algo inicial, tanto no caso do batismo com água como com o Espírito, e que não se repete”. Não achei nenhum versículo bíblico com uma repetição do batismo com o Espírito. “Pois em um só Espírito, todos nós fomos batizados em só corpo”. (1 Cor. 12:13). O original grego deixa claro nesta passagem que o batismo do Espírito é uma ação completa, no passado. (GRAHAM, 1995, p. 62).
A grande questão que se discute em torno do conceito de ser cheio do Espírito Santo e ser batizado no Espírito Santo precisa ser revista, ou seja, precisa haver distinção, porque no entendimento pentecostal, têm surgido grandes questionamentos, quanto à exata definição.
Vejamos a definição de Eby sobre ser cheio e ser batizado pelo Espírito Santo para tirarmos as nossas conclusões.
Em Efésios 5:8 ordena que você se encha do Espírito Santo, assim como a embriaguez, trará a influência do Espírito Santo a cada área de sua vida. Você se submeterá ao controle do Espírito. Você se entregará a Ele de forma que sua vida seja dominada por Sua influência. Você voluntariamente se despirá do pecado orgulhoso e alegremente vestirá a obediência humilde. Encher-se do Espírito Santo envolve trabalho continuado, gradual e progressivo da santificação através da qual o Espírito Santo capacita “cada vez mais morrer para o pecado e viver para a retidão”.
O enchimento do Espírito Santo não é o ato soberano e de uma vez por todas do batismo no Espírito Santo que inicialmente traz os pecadores a Cristo. O batismo no Espírito Santo dá um coração novo de carne, removendo o coração de pedra (Ezequiel 36: 26). (EBY, 2001, p.111).
Essas diferenças ainda existem no meio pentecostal, mas o nosso pentecostalismo surgiu declaradamente em 1906, desse período em diante teve início o movimento pentecostal como uma nova liturgia de culto. Pregação pentecostal, necessariamente não está baseada em o Pentecostes de Jerusalém, porque até agora não se viu um pregador como Pedro considerado como iletrado, mas que pregou cheio do Espírito Santo com toda a sabedoria do alto. Hoje tem muitos gritadores sensacionalistas, mas de fato temos pouquíssimos pregadores pentecostais de verdade, que pregam mensagens bíblicas de verdade, sem querer causar o sensacionalismo para que o suposto fogo caia sobre a igreja. Muitos pregadores estão pregando para agradar a Igreja e não a Cristo. Segundo o estilo desses pregadores, fogo envolve gritos e barulhos ensurdecedores, mas o fogo sobrenatural do Espírito Santo salva o pecador da condenação eterna, purifica, regenera e edifica sua vida, sem necessariamente haver sessão de gritaria, ou qualquer ação contrária ao bom senso. Igreja é lugar para adoração, edificação, meditação e reflexão para edificação das vidas em Cristo.
O culto pentecostal está repleto de manifestações verbais envolvidas com forte ênfase na questão emocional dos membros participantes, e o sermão em alguns casos não significa o ponto central do culto devido a falta de consideração para com o preparo da pregação, e a pregação, como já era de se esperar o improviso predomina na maioria das vezes.
Na opinião de Cesar; Shaull, quanto à pregação pentecostal diz:
Nem sei se pode falar de sermão num culto pentecostal, uma vez que toda a liturgia parece ter a mesma ênfase, a mesma força doutrinária e catequética. Na verdade, a palavra vai além do sermão, complementa-se nos demais atos do culto e significa mais do que exegese de um texto bíblico – muitas vezes apenas um pretexto para repisar o compromisso do dízimo, da evangelização ou de normas de condutas dos crentes. De toda maneira, a pregação é um ponto alto, cujo tema central é a luta contra o mal através da santificação pessoal. (CESAR; SHAULL, 1999, p. 72).
Quanto à correta definição de pregação. North comenta que: “A melhor definição de pregação foi dada por Phillips Brooks: “Pregação é a comunicação da verdade, do homem para os homens””. “Ela contém dois elementos essenciais – verdade e personalidade”.
“Esta definição revela muito com respeito à grandiosidade quase incompreensível da responsabilidade do pregador”. Tudo que for acrescido aos “oráculos de Deus”, não pode ser considerada como uma verdadeira pregação. A grande responsabilidade conferida ao pregador que tem por obrigação comunicar a mensagem da Palavra de Deus e não a sua. (NORTH, 2000, p.12).

Pregar não é somente expor os fatos relacionados com as Escrituras de forma aleatória, (improvisada) deve-se definir de antemão o que vai ser pregado. Robinson; Larson (2009, p. 26) nos fornece uma definição da exposição bíblica apresentando uma defesa da mesma. Segundo se explica as duas estão vinculadas entre si, e a “defesa da exposição bíblica deve ser achada em sua definição”. Tudo que o pregador tem a falar deve ser voltado a Bíblia. “Aqui, então, será a definição: Expor as Escrituras é esclarecer o texto inspirado com tal fidelidade e sensibilidade que a voz de Deus seja ouvida e seu povo lhe obedeça”. Porém, esse conceito não se aplica a Pregação Pentecostal de Improviso, onde o pregador fala o que bem lhe interessar em suas divagações, sem se importar como o sentido exato do texto bíblico. (Dissertação de Mestrado Me. Expedito).

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