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domingo, junho 07, 2015

VOCAÇÃO E MUNDANISMO

Muitas pessoas confundem vida espiritual com a vida secular, não se pode medir a espiritualidade de uma pessoa segundo seu ponto de vista, a salvação não vem das obras e nem de méritos próprios de cada pessoa por seus próprios méritos . Não podemos viver alienados da cultura e de tudo que se relaciona com as pessoas em seu mundo.
Quantos absurdos deixaram seus rastros de indignação por todos os lados, digo no meio pentecostal, por falta de informação ou ignorância. Excluía-se por qualquer coisa, ainda que fosse a mínima coisa possível, como uma barba crescida por alguns dias. A televisão foi a grande problemática nos meios eclesiásticos pentecostais, era cem por cento proibido ter ou assistir televisão, se desobedecia era excluído. Certa vez, estava sem congregação e comecei a cooperar com uma Igreja do nosso ministério, passado alguns meses me dirigi ao pastor responsável e disse que estava desejoso de filiar-se a Igreja.
O pastor me olhou por alguns instantes, pôs a mão sobre o queixo, e a sua única pergunta foi:
– Você tem Televisão?
– Disse tenho.
A única resposta do pastor foi: 
­­ – Se você desfizer da TV, pode vir congregar conosco.
Depois de dez anos a TV foi liberada e hoje estou congregando com o mesmo pastor há quase cinco anos, com minha televisão porque foi liberada. Este é um dos absurdos. Infelizmente estamos atrasados teologicamente, por culpa de uma visão distorcida do que realmente é vocação e mundanismo.
Não podemos deixar de conservar uma consciência de que a vocação de Deus em nossas vidas prende-se a uma responsabilidade concernente à proclamação da Palavra de vida eterna, que deve ser proclamada com alma e responsabilidade de um pregador consciente do seu chamado divino. Uma vez que, consinta num aprofundamento consciente de sua vocação, devemos ficar tranquilos. Sua participação para com os produtos da cultura e da inteligência não repercutirá em desvirtuamentos. A vocação outorgada por Deus traz consigo um esclarecimento de uma mente que sabe discernir entre o que é certo e errado, o que é espiritual e mundano (Andrade,1977, p. 21).
Em virtude dessa iluminação, o vocacionado nunca irá confundir cultura com o que se ande chamando de cultura. Por exemplo, o vocacionado entenderá que cinemas, teatro, televisão, universidades, comércio, indústria, técnica, literatura, poesia, pintura, escultura, facilidade de transporte, iluminação e conforto mediante aparelhagens elétricas, instituições recreativas e grêmios esportivos, nada disso se constitui, por si só, em expressão de mundanismo. O mundanismo poderá associar-se ou não à evolução cultural da inteligência humana. Mas, o mundanismo propriamente considerado independente da cultura. Ele procede de sentimentos destituídos de temor a Deus. Sua característica primordial é apostasia espiritual pela qual o ser inteligente perde de vista suas origens e sua destinação e escraviza-se à presunção, às antipatias, aos preconceitos, à hipocrisia, à maledicência, ao sensualismo, à inconstância, ao dolo, à irresponsabilidade e à impiedade. Nunca haverá tempo quando, em face de uma profunda consciência de vocação de Deus, não se tenha de tomar a cultura, isto é, os avanços técnicos, científicos e filosóficos da humanidade como elementos ancilares na promoção dos interesses supremos da salvação da humanidade será inevitável que a vejamos tristemente comprometida com a degenerescência que muda por chamar-se de civilização. O vocacionado de Deus encontra-se firmado nas evidências de que é só através do Evangelho de Cristo que o ser humano se pode reencontrar em razoável direitura para os parâmetros de seus mais lídimos ideais de fé e de eternidade. (ANDRADE 1977, P. 21).
Quando somos vocacionados por Deus ao ministério da pregação, precisamos tomar cuidado com o mundanismo, mas convém lembrar que vivemos no mundo, mas não estamos envolvidos nele do ponto de vista espiritual, somos cidadãos de duas pátrias, mas no âmbito espiritual pertencemos ao Reino de Cristo, sem nos esquecer que vivemos numa sociedade pluralista de crenças e ideais próprios. Cada uma deve viver a sua vida em função de seu bem estar e do seu próximo para uma mundo mais humano e fraterno.






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